13 de fev 2025
Brasileiros enfrentam dificuldades para receber pagamento após escaneamento de íris
A World interrompeu registros no Brasil após proibição da ANPD sobre remuneração. Usuários relatam problemas no aplicativo, dificultando acesso e suporte. Advogados afirmam que a World viola direitos do consumidor, podendo gerar ações judiciais. A coleta de íris visa criar uma base de dados para distinguir humanos de robôs. A falta de clareza e suporte no app pode resultar em indenizações e exclusão de dados.
Foto:Reprodução
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A World interrompeu novos registros no Brasil após a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) negar um recurso e proibir a remuneração pela coleta de biometria. Usuários que escanearam a íris relatam dificuldades com o suporte da empresa, enfrentando problemas no aplicativo e incertezas sobre transferências e prazos para receber o pagamento. Advogados afirmam que a World pode estar violando direitos do consumidor, permitindo que usuários entrem com ações judiciais.
O projeto, que coleta a íris humana como uma forma avançada de identificação, já escaneou mais de 400 mil pessoas em São Paulo desde seu lançamento em novembro de 2024. As queixas se concentram no World App, que é o principal meio de atendimento e onde a remuneração é armazenada. Muitos usuários relataram falhas no aplicativo, dificultando o acesso ao dinheiro prometido, que é distribuído em criptomoedas.
A advogada Patrícia Peck destacou que o aplicativo apresenta uma mistura de idiomas, o que pode confundir os usuários. A World, por sua vez, não consegue quantificar o número de reclamações, alegando que o processo é anônimo. Usuários como Vivian Caramaschi e Marilis Casco Morales enfrentaram problemas para acessar suas contas e sacar valores, resultando em frustração e perda de acesso.
Especialistas em direito do consumidor afirmam que a World tem a obrigação de fornecer informações claras sobre o uso do aplicativo e os prazos de pagamento. A falta de suporte adequado e a complexidade do processo podem levar a ações judiciais, incluindo pedidos de indenização por danos morais. A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) está analisando as denúncias, considerando a novidade do tema e a necessidade de um aprofundamento nas queixas.
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