13 de fev 2025
Infraestrutura lidera fusões e aquisições no Brasil, mesmo em cenário desafiador
O mercado de fusões e aquisições (M&A) no Brasil prioriza setores estratégicos, como infraestrutura e tecnologia, mesmo com a Selic elevada em 13,25% ao ano. Executivos projetam um cenário otimista para 2025, com negociações mais ágeis e foco em setores menos sensíveis ao ciclo econômico, apesar dos juros altos. A proatividade de compradores e vendedores tem aumentado, descolando se da espera por condições econômicas ideais, segundo especialistas do setor. O ambiente econômico desafiador deve favorecer operações de desalavancagem e fusões em busca de sinergias, especialmente em infraestrutura e energia. A expectativa é que o mercado de M&A mantenha um bom ritmo em 2025, impulsionado por oportunidades em setores como commodities e energia renovável.
Foto:Reprodução
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O ambiente econômico desafiador no Brasil tem levado investidores a focar em setores estratégicos no mercado de fusões e aquisições (M&A). Executivos de instituições como Itaú BBA, BTG Pactual e J.P. Morgan destacam infraestrutura, energia, saneamento, agronegócio e tecnologia como áreas promissoras. Essas indústrias, que geram receitas recorrentes, tendem a se destacar independentemente dos ciclos econômicos, conforme apontam as análises. Recentes aquisições, como a da usina hidrelétrica da Neoenergia pela EDF por R$ 1,43 bilhão e a compra de 50% da Mantiqueira pela JBS, exemplificam essa tendência.
Com a taxa Selic em 13,25% e previsão de aumento para 15%, o mercado enfrenta desafios. Para compradores, juros altos tornam os negócios menos atrativos, enquanto vendedores têm dificuldade em encontrar investidores, impactando os preços. Contudo, há uma mudança no comportamento do mercado, com players se tornando mais proativos e decididos. Pedro Dias, do Mattos Filho, afirma que “o mercado está cansado de esperar”, indicando uma nova dinâmica nas negociações.
As expectativas para os próximos meses incluem negociações mais ágeis, focadas em operações que gerem valor real. André Moor, do Bradesco BBI, projeta um volume de negócios similar ao de 2024, com destaque para setores menos sensíveis ao ciclo econômico. Ele observa um “pipeline robusto de M&A” em infraestrutura e saneamento, impulsionado pela necessidade de decisões rápidas devido aos altos juros.
Por fim, Marcelo Gaiani, do J.P. Morgan, vê um cenário cautelosamente otimista, com o Brasil posicionado para aproveitar tendências globais. Ele destaca o interesse contínuo em setores como commodities, energia renovável e agronegócio, enquanto riscos geopolíticos e mudanças na política tributária podem impactar o mercado. A combinação de fatores locais e internacionais favoráveis pode manter o ritmo das fusões e aquisições em 2025, apesar dos desafios econômicos.
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