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13 de fev 2025

Milei busca modernizar hidrovia do Paraná para evitar encalhes de navios e impulsionar exportações

A Argentina enfrenta problemas na hidrovia do Paraná, crucial para exportações. O governo de Javier Milei propôs dragagem para aprofundar o canal em cinco anos. Críticas surgem sobre a profundidade de 39 pés, considerada insuficiente por especialistas. A modernização é vital para a competitividade argentina frente ao Brasil, que avança. A licitação atual exclui empresas estatais, visando eficiência e redução de custos.

Foto:Reprodução

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A situação da hidrovia Paraná, crucial para a competitividade da Argentina, se agravou com o encalhe frequente de embarcações, como o Hansa Oslo, que ficou preso a doze quilômetros de sua partida. Esses incidentes, que ocorrem mensalmente, comprometem o setor de exportação agrícola, responsável por cerca de US$ 30 bilhões anuais, e ameaçam a recuperação econômica proposta pelo presidente Javier Milei. Para reverter esse cenário, Milei anunciou a modernização da hidrovia, que não recebe melhorias significativas há quase duas décadas.

O Paraná é vital para o comércio argentino, com 80% das safras sendo transportadas por suas águas. Contudo, o canal não foi aprofundado desde 2006, enquanto o comércio global de soja dobrou. Isso impede que os exportadores argentinos utilizem navios Panamax, obrigando-os a realizar paradas em portos para recarregar, o que gera custos adicionais que somam centenas de milhões de dólares anualmente. A eficiência da rota atraiu grandes comerciantes agrícolas, mas a falta de infraestrutura adequada ameaça essa vantagem.

Recentemente, o governo de Milei divulgou um novo acordo de dragagem, que prevê o aprofundamento da hidrovia de 36 para 39 pés em cinco anos, com possibilidade de escavações adicionais. Essa medida visa liberar o potencial agrícola do país, essencial para a geração de receita em moeda forte. As empresas de dragagem têm até quarta-feira para apresentar propostas, com concorrentes da Bélgica e Dinamarca, enquanto a participação de empresas estatais chinesas foi excluída.

A hidrovia Paraná, que já foi um ativo valioso, enfrenta desafios exacerbados pela mudança climática e secas recorrentes. Especialistas alertam que, sem melhorias, a produção industrial e o processamento de soja podem estagnar, reduzindo a entrada de dólares na economia. Críticas surgem em relação à profundidade proposta, com alguns defendendo que o canal deve ser aprofundado para 42 pés para que a Argentina possa competir efetivamente com o Brasil.

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