19 de fev 2025
Preço dos ovos dispara até 60% e gera preocupação entre consumidores e supermercados
Os preços dos ovos no Brasil aumentaram até 62% em um mês, refletindo a alta demanda. A baixa oferta interna e a sazonalidade da Quaresma impulsionam os preços. Exportações brasileiras de ovos cresceram 22,1% em janeiro, atraindo mercados externos. Problemas climáticos e doenças impactaram a produção, especialmente no Rio Grande do Sul. O presidente Lula busca soluções para conter a alta dos preços e garantir oferta.
Foto:Reprodução
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Os preços dos ovos no Brasil atingiram níveis recordes, com aumentos que chegam a 40% desde a segunda quinzena de janeiro, conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. Em Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, a caixa com 30 dúzias de ovos brancos alcançou R$ 233,69, enquanto os ovos vermelhos estão a R$ 263,42. A alta é generalizada, com a cidade de Bastos (SP) registrando um aumento de mais de 20% em relação ao ano passado.
Dois fatores principais explicam essa elevação: a baixa oferta de ovos no mercado interno e o aumento da demanda sazonal, especialmente durante a Quaresma. Marcio Milan, vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), destacou que a programação de abastecimento para atender a essa demanda está sendo afetada pela restrição na oferta. Cláudia Scarpelin, do Cepea, acrescentou que a produção de ovos teve um aumento de 10,5% entre janeiro e setembro de 2024, mas a oferta foi controlada para evitar excessos em períodos de baixa demanda.
Além disso, fatores climáticos e logísticos, como as enchentes no Rio Grande do Sul e o calor extremo, têm impactado a produção. José Eduardo dos Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), mencionou que a mortalidade das aves e a redução na produção são consequências diretas dessas condições. A situação é considerada sazonal, com a expectativa de normalização após a Quaresma, quando a demanda deve diminuir.
As exportações brasileiras de ovos também aumentaram, totalizando 2.357 toneladas em janeiro, um crescimento de 22,1% em relação ao ano anterior. A receita alcançou US$ 4,186 milhões, refletindo um mercado externo mais atrativo. Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), afirmou que o Brasil pode aumentar suas exportações sem comprometer a oferta interna, garantindo que não haverá falta de ovos para os consumidores brasileiros.
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