25 de fev 2025
MRV&Co registra prejuízo no quarto trimestre, mas incorpora lucro de R$78 milhões
O grupo MRV&Co registrou prejuízo ajustado de R$153,8 milhões no 4T24, pior que 2023. A unidade de incorporação teve lucro de R$78 milhões, revertendo prejuízo anterior. A operação Resia nos EUA acumulou prejuízo de R$395 milhões em 2024, impactando resultados. A empresa planeja vender US$800 milhões em ativos até 2026 para reestruturação. Analistas apontam preocupações sobre a qualidade dos lucros e recuperação das margens.
Foto:Reprodução
Ouvir a notícia:
MRV&Co registra prejuízo no quarto trimestre, mas incorpora lucro de R$78 milhões
Ouvir a notícia
MRV&Co registra prejuízo no quarto trimestre, mas incorpora lucro de R$78 milhões - MRV&Co registra prejuízo no quarto trimestre, mas incorpora lucro de R$78 milhões
O grupo MRV&Co (MRVE3) reportou um prejuízo ajustado de R$ 153,8 milhões no quarto trimestre de 2024, um aumento em relação ao prejuízo de R$ 125,5 milhões no mesmo período do ano anterior. A principal unidade do grupo, a MRV Incorporação, apresentou lucro líquido ajustado de R$ 78 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 31 milhões em 2023. O resultado acumulado do grupo em 2024 foi de R$ 128,3 milhões, menor que o prejuízo de R$ 330,2 milhões em 2023, impulsionado pelo programa habitacional federal Minha Casa, Minha Vida.
A divisão de incorporação teve um lucro de R$ 274,4 milhões no ano, superando a expectativa de R$ 250 milhões a R$ 290 milhões. O diretor financeiro, Ricardo Paixão, destacou que a empresa cumpriu todas as projeções para 2024, incluindo a geração de caixa, que superou as expectativas em R$ 19 milhões. No quarto trimestre, a margem bruta da incorporação subiu para 27%, e a receita operacional líquida cresceu 16,3%, totalizando R$ 2,2 bilhões.
A operação Resia, voltada para o mercado de aluguel nos Estados Unidos, enfrentou um prejuízo ajustado de R$ 237,2 milhões no quarto trimestre, impactada por juros elevados e mudanças cambiais. No total, a Resia teve um prejuízo de R$ 395 milhões em 2024, superando o prejuízo de R$ 58,2 milhões em 2023. A subsidiária está implementando um plano de desalavancagem, prevendo a venda de US$ 800 milhões em ativos até 2026.
Apesar do cumprimento das metas, analistas do Morgan Stanley e do Itaú BBA consideram os resultados do quarto trimestre abaixo do esperado, levantando preocupações sobre a qualidade dos lucros e as margens. O BTG também avaliou os resultados como fracos, citando perdas na Resia e impostos mais altos. As recomendações de compra foram mantidas, com preços-alvo variando entre R$ 10 e R$ 17, enquanto o Morgan manteve uma classificação neutra com preço-alvo de R$ 8.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.