28 de fev 2025
Trump retoma tarifas e gera incertezas sobre investimentos brasileiros no México
O México, com PIB de quase 2 trilhões de dólares, é vital para empresas brasileiras. A WEG reafirmou investimentos no México, apesar das tarifas de 25% de Trump. A volta de Trump traz incertezas, podendo reduzir o PIB mexicano em até 3%. O Nubank considera o México prioridade, com 8 milhões de clientes e forte potencial. Aumento de tarifas pode reconfigurar cadeias de suprimento e intensificar tensões comerciais.
Foto:Reprodução
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O México, com um PIB próximo de 2 trilhões de dólares, se firmou como um destino estratégico para empresas brasileiras em busca de expansão internacional. Contudo, a volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos traz incertezas ao cenário, com a promessa de endurecer o controle de fronteiras e implementar tarifas sobre importações mexicanas. Especialistas, como Christopher Garman, da consultoria Eurasia Group, alertam que as novas medidas podem impactar o PIB mexicano em até 3%, dificultando as perspectivas para as empresas brasileiras que operam no país.
A siderúrgica Gerdau, por exemplo, enfrenta desafios com a proposta de aumentar impostos sobre aço e alumínio em 25%. Embora a empresa já tenha operações nos EUA, o investimento de 500 milhões de dólares em uma nova fábrica no México pode ser comprometido, especialmente após a redução nas importações de automóveis brasileiros pelo México em 2024. Fabrício Polido, do escritório L.O. Baptista, destaca que a estratégia de nearshoring, que visa reduzir custos e tempos de entrega, agora enfrenta riscos devido às tarifas mais altas.
Apesar das incertezas, empresas como a WEG reafirmaram seus investimentos no México, considerando o país um polo industrial importante. O CFO da WEG, André Rodrigues, afirmou que não há mudanças nos planos de investimento, ressaltando a relevância do mercado local. Enquanto isso, o Nubank continua a ver o México como prioridade, com 8 milhões de clientes e 3,3 bilhões de dólares em depósitos, destacando o potencial do mercado financeiro digital.
O cenário global permanece volátil, com a possibilidade de novos acordos bilaterais entre Brasil e México, enquanto a China se posiciona como uma parceira estratégica na América Latina. Fabrício Polido observa que as tensões comerciais podem reconfigurar cadeias de suprimento, mas também abrir oportunidades para países como México e Brasil. Christopher Garman conclui que 2024 será um ano de incertezas, exigindo que as empresas se adaptem rapidamente às mudanças no ambiente geopolítico.
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