05 de mar 2025
Tarifas de Trump complicam mercado de arte e geram incertezas para profissionais
O presidente Donald Trump impôs tarifas de 25% sobre importações do Canadá e México. As tarifas complicam vendas e transporte de arte, levando galerias a cancelar exposições. Artistas canadenses e mexicanos podem ganhar destaque devido à incerteza do mercado. Aumento nos custos de transporte e materiais artísticos impacta o setor. A situação gera uma possível mudança nas relações comerciais, buscando menos dependência dos EUA.
Foto:Reprodução
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A partir da meia-noite de terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, implementou tarifas abrangentes sobre importações do Canadá, México e China, os três principais parceiros comerciais do país. As tarifas incluem 25% sobre todas as importações do Canadá e do México, além de um adicional de 10% sobre produtos da China. As reações no setor de arte foram imediatas, com galeristas e profissionais enfrentando um cenário mais complicado e caro para vendas e exposições. Francis Petit, diretor da Gander & White New York, afirmou que “não será muito propício para vendas”, refletindo a preocupação generalizada sobre o impacto econômico.
Os novos impostos complicam ainda mais a logística de transporte e venda de obras de arte, que antes eram isentas de tarifas sob o Harmonized Tariff Schedule dos EUA. Mia Nielsen, diretora da Art Toronto, destacou que “estamos olhando para impostos que nunca existiram antes nesta indústria”. A situação se agrava com a desvalorização das moedas canadense e mexicana, tornando obras de arte ainda mais caras. Por exemplo, uma obra de US$ 10.000 pode custar CA$ 20.403,56 após a aplicação das tarifas e impostos adicionais.
As tarifas também geraram uma onda de contramedidas, com o Canadá e a China impondo tarifas sobre produtos americanos, incluindo obras de arte. A Art Gallery of Ontario aproveitou a pausa de 30 dias nas tarifas para adquirir US$ 1 milhão em arte de galerias americanas, evidenciando a urgência do setor em se adaptar. Mackenzie Sinclair, presidente da Art Dealers Association of Canada, alertou que “qualquer mudança pode causar consequências imprevistas”, refletindo a fragilidade do mercado de arte.
Por outro lado, a situação pode resultar em maior atenção a artistas canadenses e mexicanos, com galerias enfatizando suas obras em eventos internacionais. Nielsen observou que, apesar das dificuldades, há um crescente interesse em artistas locais, que oferecem um valor competitivo em comparação com seus colegas americanos. A busca por alternativas ao mercado americano está se intensificando, com galeristas explorando novas alianças e colaborações, sugerindo que a indústria de arte pode se reinventar em resposta a essas mudanças econômicas.
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