06 de mar 2025
México busca novos mercados na Ásia e Europa para petróleo bruto após tarifas dos EUA
A Pemex busca novos mercados na Ásia e Europa devido a tarifas dos EUA. Em 2022, 57% das exportações da Pemex foram para os Estados Unidos. As exportações caíram 44% em janeiro, atingindo o menor nível em décadas. Compradores chineses demonstram grande interesse pelo petróleo mexicano. Pemex não planeja descontos para clientes dos EUA, priorizando novos contratos.
Foto:Reprodução
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A Pemex, petroleira estatal do México, está em busca de novos mercados para seu petróleo bruto, após a imposição de tarifas de 25% pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre produtos mexicanos. A medida, que afeta diretamente as exportações, ocorre em um contexto onde o petróleo canadense foi isentado de uma taxa de 10%, enquanto o mexicano enfrentará a tarifa máxima. No último ano, a Pemex exportou 806.000 barris por dia (bpd), com 57% desse total destinado aos Estados Unidos. Contudo, as exportações caíram 44% em janeiro, atingindo 532.404 bpd, o menor nível em décadas.
A empresa já realiza envios para a Europa e a Ásia, especialmente para a Índia e a Coreia do Sul, mas os EUA continuam sendo o principal destino do petróleo pesado Maya. Um funcionário do governo, que preferiu não ser identificado, afirmou que a Pemex está em negociações com potenciais compradores fora dos EUA, destacando o interesse da China e a demanda crescente por petróleo bruto pesado. Ele ressaltou que “há apetite pelo petróleo bruto mexicano na Europa, Índia e Ásia”, indicando que a demanda será crucial para redirecionar os fluxos de exportação.
Fontes da PMI Comercio Internacional, braço comercial da Pemex, confirmaram que mercados como China, Índia, Coreia do Sul e Japão são viáveis para as exportações, apesar dos custos de transporte mais elevados. Um trader mencionou que “somente a Ásia” poderia absorver o volume que não será enviado aos EUA, devido ao tipo de refinarias que operam na região, capazes de processar o petróleo mexicano.
Embora houvesse especulações sobre a possibilidade de a Pemex oferecer descontos para manter seus clientes norte-americanos, o funcionário do governo negou essa possibilidade. Ele afirmou que, ao expirar os contratos atuais com os clientes dos EUA, os navios provavelmente serão redirecionados para a Ásia e Europa, sem planos de aplicar descontos para tornar as exportações mais competitivas.
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