07 de mar 2025
Brasil alcança crescimento de 3,4% em 2024, mas sinais de desaceleração preocupam para 2025
O PIB brasileiro cresceu 3,4% em 2024, superando expectativas de 1,5%. O governo anunciou isenção de impostos sobre alimentos para conter a inflação. A inflação dos alimentos, que subiu 7,7%, impacta negativamente a popularidade do governo. O crescimento do PIB foi impulsionado pelo consumo das famílias e investimentos. Expectativas para 2025 indicam desaceleração, com crescimento projetado de apenas 2%.
Foto:Reprodução
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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 3,4% em 2024, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este resultado representa a maior alta desde 2021, superando as expectativas do mercado, que previa um crescimento de 4,1%. O desempenho foi impulsionado principalmente pelo consumo das famílias, que avançou 4,8%, e pelos investimentos, que cresceram 7,3%. No entanto, o quarto trimestre apresentou uma desaceleração, com um crescimento de apenas 0,2% em relação ao trimestre anterior, indicando um arrefecimento da atividade econômica.
O crescimento do PIB foi disseminado entre os setores, com destaque para serviços e indústria, que cresceram 3,7% e 3,3%, respectivamente. Em contrapartida, a agropecuária enfrentou dificuldades, registrando uma queda de 3,2%, impactada por eventos climáticos adversos. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, ressaltou que o PIB per capita alcançou R$ 55.247,45, um aumento de 3% em termos reais, e enfatizou a necessidade de combater a inflação, especialmente a dos alimentos, que subiu 7,7% em 2024.
O governo anunciou medidas para conter a alta dos preços dos alimentos, incluindo a isenção de tarifas de importação sobre produtos essenciais como carne e café. No entanto, economistas alertam que essas ações podem ter um impacto limitado, dado que a inflação é influenciada por fatores estruturais, como a desvalorização do real e a pressão sobre a oferta. A expectativa é que a economia enfrente desafios em 2025, com uma projeção de crescimento mais modesta, entre 1,5% e 2,3%, devido ao aumento da taxa Selic e à necessidade de ajustes fiscais.
A combinação de crescimento robusto em 2024 e a desaceleração no final do ano levanta preocupações sobre a sustentabilidade desse crescimento. O Banco Central, em resposta à inflação, já iniciou um ciclo de aumento da taxa de juros, que atualmente está em 13,25%. A expectativa é que essa taxa chegue a 15% ao longo de 2025, o que pode impactar negativamente o consumo e os investimentos, fundamentais para a continuidade do crescimento econômico.
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