Atividade industrial da China cresce em março, superando expectativas e sinalizando recuperação econômica

O setor de manufatura da China apresentou um crescimento em março, indicando um sinal positivo para a economia do país, que enfrenta a iminência de tarifas recíprocas dos Estados Unidos a partir de 2 de abril. O índice oficial de gerentes de compras (PMI) alcançou 50,5 em março, conforme dados do Escritório Nacional de Estatísticas, superando as expectativas e mostrando uma recuperação em relação ao mês anterior, quando o índice foi de 50,2.

Esse crescimento é atribuído às medidas de estímulo implementadas por Pequim, que visam apoiar a recuperação econômica em meio a tensões comerciais com os EUA. O PMI não-manufatureiro, que abrange serviços e construção, também registrou aumento, subindo para 50,8 em março, em comparação a 50,4 em fevereiro. As autoridades chinesas se comprometeram a intensificar estímulos monetários e fiscais para atingir uma meta de crescimento de "cerca de 5%" neste ano.

Entretanto, a economia chinesa enfrenta desafios, como a desaceleração das exportações, que cresceram na taxa mais baixa desde abril do ano passado. A atividade de exportação foi impactada pela antecipação de tarifas, levando a uma diminuição no ritmo de envio de produtos. Além disso, a inflação ao consumidor caiu para território negativo pela primeira vez em um ano, refletindo pressões deflacionárias.

As tensões comerciais se intensificaram com a imposição de tarifas adicionais de 20% sobre produtos chineses pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em resposta ao suposto envolvimento da China no comércio ilícito de fentanil. Em contrapartida, Pequim anunciou tarifas de até 15% sobre produtos americanos. Trump também sugeriu a possibilidade de reduzir tarifas em troca da venda do TikTok, aplicativo de vídeos curtos, para uma empresa americana. O PMI da Caixin/S&P Global, previsto para ser divulgado em breve, deve mostrar um aumento na atividade manufatureira, com expectativa de atingir 51,1.