Newsmax estreia na Bolsa de Nova York com alta de mais de 500% em seu primeiro dia de negociação

Newsmax, a rede de notícias conservadora, estreou na Bolsa de Valores de Nova York na segunda-feira, com o símbolo "NMAX". A ação começou a ser negociada a R$ 14 após ser precificada em R$ 10, e teve um aumento de mais de 500% até o meio do dia. A empresa havia anunciado planos para uma oferta pública inicial (IPO) em setembro, prevendo um lançamento em 2025. Recentemente, levantou R$ 75 milhões com a venda de 7,5 milhões de ações de classe B.

O IPO da Newsmax é notável, pois representa uma das raras ofertas públicas de uma rede de TV nos EUA em décadas, especialmente em um momento em que a TV a cabo enfrenta desafios devido ao crescimento do streaming. A audiência da Newsmax cresceu, impulsionada pelo aumento do conteúdo conservador na programação noturna, especialmente após a eleição de Donald Trump. O fundador e CEO, Christopher Ruddy, afirmou que a empresa se posiciona como uma alternativa à Fox News, que domina o mercado conservador.

Ruddy destacou que a Newsmax é a quarta maior rede de notícias a cabo nos Estados Unidos, atrás apenas de Fox News, CNN e MSNBC, com dados da Nielsen confirmando sua posição. A empresa, que começou como uma plataforma digital em 1998 e se tornou uma rede de TV em 2014, tem se beneficiado de taxas de licenciamento de provedores de TV a cabo, além de sua receita publicitária.

Apesar de sua associação com a retórica pró-Trump, Ruddy enfatizou que a Newsmax busca manter uma missão de notícias independentes. A empresa enfrentou desafios legais, incluindo um acordo de R$ 40 milhões com a Smartmatic, após alegações de que a empresa de máquinas de votação ajudou a fraudar as eleições de 2020. Em uma conversa recente com Trump, Ruddy expressou otimismo sobre o futuro da empresa, afirmando que "um Trump em ascensão levanta todos os barcos".