09 de abr 2025
Gerdau pressiona governo por medidas contra concorrência desleal do aço chinês até maio
Gerdau impõe prazo ao governo para soluções contra aço chinês e alerta sobre revisão de investimentos no Brasil. Concorrência desleal preocupa setor.
Foto:Reprodução
Ouvir a notícia:
Gerdau pressiona governo por medidas contra concorrência desleal do aço chinês até maio
Ouvir a notícia
Gerdau pressiona governo por medidas contra concorrência desleal do aço chinês até maio - Gerdau pressiona governo por medidas contra concorrência desleal do aço chinês até maio
O CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, estipulou o mês de maio como prazo para que o governo federal apresente soluções eficazes para a indústria de aço nacional enfrentar a concorrência da China. Em fevereiro, Werneck já havia alertado que a falta de uma resposta rápida do governo poderia levar a empresa a rever seus planos de investimento no Brasil, que incluem R$ 6 bilhões para 2025. Ele destacou que, apesar de um diálogo aberto com o governo, ainda não foram encontradas soluções concretas.
Werneck enfatizou que o setor não busca proteção, mas sim igualdade nas condições de competição, já que as empresas brasileiras enfrentam subsídios estatais que distorcem o mercado. Em 2024, o Brasil importou 4,8 milhões de toneladas de aço, representando mais de 20% das vendas internas. O CEO ressaltou que o aço chinês entra no país a preços inferiores ao que a própria China paga pelo minério de ferro.
Além da Gerdau, o Instituto Aço Brasil também criticou a presença do aço chinês no mercado brasileiro, solicitando ao governo a imposição de uma tarifa de 25% sobre as importações desse produto. O presidente do Instituto, Marco Polo de Mello Lopes, explicou que as exportações brasileiras de aço para os Estados Unidos são complementares, com o Brasil enviando placas de aço, enquanto importa carvão mineral dos EUA.
Lopes alertou que o Brasil enfrenta um aumento nas importações predatórias de aço chinês, prevendo que esse volume chegue a 5,3 milhões de toneladas em 2024. Ele destacou que as empresas brasileiras competem não apenas com empresas chinesas, mas também com o próprio governo da China, que subsidia a produção e mantém as exportações elevadas, mesmo diante de uma queda no consumo interno.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.