Grupo Petrópolis altera estratégia de preços em busca de recuperação no mercado cervejeiro

O Grupo Petrópolis, conhecido por suas marcas de cerveja como Itaipava, Crystal e Petra, enfrenta dificuldades em sua estratégia de preços, que se tornaram confusas para o mercado. Segundo analistas do BTG Pactual, a abordagem da empresa se assemelha a uma “caixa-preta”, especialmente em um cenário de queda nas vendas de cerveja no mercado. Em 2024, a companhia, que está em recuperação judicial, adotou uma drástica redução de preços, com uma média de queda de 26% entre abril e julho, o que inicialmente impulsionou as vendas.

No entanto, a estratégia mudou rapidamente, com um aumento de 38% nos preços na segunda metade do ano, resultando em uma queda de 15% no volume de vendas na comparação anual. Em fevereiro, mês crucial devido ao carnaval, os preços subiram novamente, atingindo o maior patamar médio em quase um ano. Essa oscilação nos preços gerou incertezas, mas os analistas do BTG Pactual começam a notar uma possível estabilização na abordagem comercial da empresa.

Apesar das flutuações, os analistas acreditam que uma postura comercial mais racional está se consolidando. Eles destacam que, embora a estratégia ainda pareça nebulosa, a direção atual indica uma mudança em relação à abordagem anterior, que priorizava o volume de vendas. A expectativa é que essa nova estratégia possa ajudar a empresa a recuperar sua fatia de mercado.

O Grupo Petrópolis continua a navegar por um cenário desafiador, com suas decisões de preços impactando diretamente o volume de vendas e a percepção do mercado. A análise dos especialistas sugere que a empresa pode estar se ajustando a um modelo mais sustentável, embora a incerteza ainda persista em relação ao futuro de suas operações.