Investidores reavaliam ações de utilities após forte valorização no Brasil
Investidores reavaliam ações de utilities brasileiras após alta de 23,2%. Santander mantém recomendações de compra para Sabesp, Equatorial, Copel e Eneva.
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Desde o fim do ano passado, as ações de utilities brasileiras, como energia e saneamento, valorizam em média 23,2%, atraindo investidores. O Santander recomenda que os investidores reavaliem suas posições no setor, especialmente devido à compressão dos spreads e à estabilidade dos títulos públicos de dez anos.
O banco mantém recomendações de compra para ações de empresas como Sabesp, Equatorial, Copel e Eneva, destacando suas características atrativas e potenciais de crescimento. A dúvida sobre a continuidade do investimento no setor surge com a estabilidade dos títulos públicos, que se aproximam das máximas de quinze anos, reduzindo o spread real de retorno para níveis historicamente baixos.
Os analistas do Santander acreditam que, apesar do otimismo já precificado, as utilities ainda são uma posição central nas carteiras de ações. Eles ressaltam que a proteção contra a inflação, o crescimento orgânico robusto e o ambiente regulatório estável continuam válidos. Além disso, as taxas internas de retorno reais permanecem elevadas, mesmo com a compressão dos spreads.
Preferências do Santander
O Santander destaca a Sabesp (SBSP3) como sua principal escolha, devido à alta liquidez, grande valor de mercado de US$ 13,77 bilhões e um controlador respeitado. A empresa apresenta um crescimento significativo do Ebitda, com uma taxa de crescimento anual composta de 18% entre 2024 e 2029. O banco também vê potencial de crescimento inorgânico e acredita que a Sabesp pode atrair investidores de fundos temáticos.
Para a Equatorial (EQTL3), o Santander elogia sua cultura corporativa e histórico de alocação de capital. A ação apresenta um valuation atrativo, com uma taxa interna de retorno real de 12%. O banco mantém a recomendação de compra e um preço-alvo de R$ 44,38.
A Copel (CPLE6) também recebe recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 12,63. O banco acredita que a privatização ainda não está totalmente refletida no preço das ações, mas pode mudar com a possível divulgação de dividendos extraordinários.
Cenário para a Eneva
A Eneva (ENEV3), com preço-alvo de R$ 15,57, é vista como bem posicionada para atender à nova demanda por capacidade energética no Brasil. O Santander espera que o governo realize leilões regulares de reserva de capacidade, o que pode beneficiar a empresa.
Os analistas destacam que a recuperação de ativos e o avanço no gasoduto da Celse são essenciais para atender à crescente demanda. O próximo leilão está previsto para 2025.
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