Mistério tech: CEO da CrowdStrike faz doações desconhecidas e reduz direito a voto

O CEO da CrowdStrike, George Kurtz, anunciou que doou mais de US$ 1 bilhão em ações da empresa, reduzindo sua participação acionária para 2,5%. Essa decisão, considerada incomum para um fundador de tecnologia, ocorreu em meio a investigações sobre transações da empresa e cortes de 500 empregos.

Kurtz, que cofundou a CrowdStrike em 2011, viu sua influência na companhia diminuir drasticamente. Em dezembro, ele acionou uma cláusula que eliminou todas as ações super-votantes, que garantiam maior controle aos fundadores. A doação foi classificada como parte de um planejamento patrimonial e atividades filantrópicas, mas os destinatários não foram revelados.

A CrowdStrike, que atende 60% das empresas da lista Fortune 500, enfrenta um momento desafiador. Em julho, um erro em uma atualização de software causou uma falha significativa, afetando 8,5 milhões de dispositivos e resultando em bilhões em danos. Kurtz foi convocado a testemunhar no Congresso, mas enviou um executivo em seu lugar.

Recentemente, a empresa anunciou a demissão de 5% de sua força de trabalho global. Além disso, promotores e reguladores dos Estados Unidos investigam um acordo de US$ 32 milhões entre a CrowdStrike e um distribuidor, além de outras transações. Kurtz, que possui um patrimônio líquido de US$ 3,2 bilhões, também vendeu ações no valor de mais de US$ 200 milhões desde setembro de 2022.

A situação atual da CrowdStrike reflete um período turbulento, enquanto a empresa busca se recuperar dos impactos do incidente de software e das investigações em andamento.