Indústria audiovisual brasileira cresce e demanda regulação para competir globalmente

O setor audiovisual brasileiro está em plena expansão, movimentando mais de R$ 25 bilhões anualmente e gerando mais de 86 mil empregos formais por ano. Essa indústria não apenas enriquece a cultura nacional, mas também se torna um pilar econômico significativo. Com o aumento da conectividade e dos serviços de streaming, o consumo de filmes e séries online atingiu novos patamares. Dados da TIC Domicílios 2024 mostram que 64% da população assistiu a conteúdos pela internet, um aumento de oito pontos percentuais em cinco anos.

A produção nacional também se destaca, com 44% dos usuários assistindo a filmes brasileiros e 34% a séries nacionais. Apesar dos resultados positivos, a regulação do vídeo por demanda (VoD) se torna uma necessidade urgente. Em 2023, 54% da população acessou conteúdos digitais, superando a TV paga em 11 pontos. Enquanto cinema e TV operam sob regras claras, o VoD carece de um marco regulatório específico, o que gera insegurança no mercado.

Necessidade de Regulação

A falta de regulação do VoD pode criar desequilíbrios no setor. Um ambiente de negócios equilibrado é crucial para atrair investimentos e garantir um crescimento sustentável. A indústria audiovisual brasileira, com cinco mil e seiscentos títulos veiculados anualmente, precisa de regras claras para competir globalmente. A regulação deve não apenas controlar, mas também induzir e apoiar o desenvolvimento do setor.

Um consenso sobre a regulação do VoD pode impulsionar a competitividade e o crescimento. Produtores independentes buscam acesso ampliado ao mercado, enquanto grandes estúdios desejam previsibilidade para investimentos. As plataformas globais também precisam de regras que garantam sua operação no Brasil. Um pacto regulatório é visto como uma oportunidade para ordenar e acelerar o desenvolvimento da indústria.

Exemplos Internacionais

A experiência da Coreia do Sul ilustra como uma regulação inteligente pode transformar um setor. O país se consolidou como uma potência global do entretenimento, permitindo a redução de seu estoque regulatório. O futuro do audiovisual brasileiro depende de um momento de transformação e competitividade. A articulação de um consenso legítimo é essencial para aproveitar essa janela de oportunidade. O audiovisual brasileiro não precisa de proteção, mas sim de regras claras para competir no cenário global.