Brasil se destaca na mineração de minerais críticos para a economia de baixo carbono

O Brasil se posiciona como um potencial investidor em minerais críticos, essenciais para a transição para uma economia de baixa emissão de carbono. O país possui a terceira maior reserva de terras raras do mundo, com 21 milhões de toneladas, atrás apenas da China e do Vietnã. O diretor-geral da Agência Nacional de Mineração, Mauro Sousa, destacou a importância de práticas ambientais e sociais durante o licenciamento em um fórum internacional em Buenos Aires.

A demanda por minerais como lítio, níquel e cobalto tem crescido, impulsionada pela eletrificação do transporte e pela necessidade de baterias para dispositivos eletrônicos. O Brasil, com suas reservas de lítio, níquel, cobre, alumínio, grafite, cobalto, nióbio e manganês, apresenta um potencial significativo para atrair investimentos estrangeiros. No entanto, Sousa enfatizou que acelerar o licenciamento não deve comprometer as exigências ambientais ou o diálogo com as comunidades locais.

Sustentabilidade em Foco

Durante o fórum, autoridades de mineração da América Latina discutiram maneiras de tornar os processos de licenciamento mais eficientes, sem sacrificar a preservação ambiental e social. A experiência brasileira demonstra que é possível avançar com responsabilidade, conforme ressaltou Sousa.

As terras raras, que incluem elementos como escândio e ítrio, são frequentemente caras de processar, apesar de sua abundância na natureza. Sua aplicação abrange desde a fabricação de televisores até componentes para a indústria automotiva. O Brasil, ao lado da Rússia, possui grandes reservas, e atualmente há estudos de viabilidade de mineração em estados como Minas Gerais, Goiás, Amazonas e Bahia.

A sustentabilidade será um dos temas centrais do Fórum Esfera 2025, que ocorrerá nos dias seis e sete de junho. O evento visa debater a importância de práticas responsáveis na exploração de recursos minerais, alinhando desenvolvimento econômico e preservação ambiental.