Marcas amazônicas enfrentam desafios, mas apostam na sustentabilidade e na beleza

As marcas nativas da Amazônia enfrentam desafios logísticos e financeiros, mas se destacam na indústria da beleza, buscando um modelo sustentável de exploração da floresta. Essa é a conclusão de uma pesquisa do programa Amazônia em Casa, Floresta em Pé, da Climate Ventures.

O estudo, que analisou 222 marcas amazônicas, revelou que 71% estão localizadas na Região Norte, com destaque para o Pará e o Amazonas. Apenas 35% das marcas se consideram financeiramente sustentáveis, apesar de priorizarem insumos sustentáveis. A pesquisa identificou que 32% atuam no setor de alimentos e 21% no de cosméticos naturais, que possui alto valor agregado.

A informalidade é um problema significativo, com 34% das marcas contando com equipes de dois a cinco funcionários e 29% sem colaboradores fixos. O faturamento anual varia entre R$ 50 mil e R$ 500 mil. A pesquisa também mostrou que 83% das marcas priorizam matérias-primas colhidas de forma sustentável e 74% educam os consumidores sobre a preservação da floresta.

Modelos de Negócio

A maioria das marcas, 92%, opera no modelo B2C (venda ao consumidor final), enquanto 59% também atuam no B2B (venda para empresas). Metade delas utiliza o modelo B2B2C, vendendo para empresas que distribuem os produtos diretamente ao consumidor final. Os insumos mais utilizados incluem frutas ou sementes (61%), castanhas ou nozes (38%) e fibras ou materiais naturais (35%).

Esses dados destacam a importância das marcas nativas da Amazônia na promoção de uma exploração sustentável da floresta, mesmo diante de desafios significativos.