03 de jun 2025
UBS mantém previsão negativa para dólar e recomenda diversificação em moedas fortes
UBS reafirma previsão de desvalorização do dólar até 2025 e recomenda diversificação em moedas como euro e peso mexicano.
Foto:Reprodução
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O UBS manteve sua perspectiva negativa em relação ao dólar americano para o segundo semestre de 2025, apesar de uma leve estabilização da moeda. Em relatório divulgado, o banco recomenda que investidores aproveitem repiques do dólar para reduzir a exposição à moeda e fortalecer posições em outras divisas, como euro, coroa norueguesa e peso mexicano.
Os estrategistas do UBS, liderados por Constantin Bolz, apontam que a combinação de fundamentos econômicos frágeis e a incerteza sobre a política comercial dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, devem continuar a pressionar o dólar. A previsão é que o euro se valorize, alcançando entre US$ 1,15 e US$ 1,20. O real brasileiro também deve se beneficiar do movimento global de desvalorização do dólar, com suporte local favorável.
O UBS destaca que, embora o governo dos EUA tenha adiado a imposição de tarifas mais severas, a incerteza permanece alta, com um novo prazo decisivo em nove de julho. O banco prevê uma desaceleração na economia americana, especialmente após o fim do impulso inicial de compras e investimentos. A expectativa é que o Federal Reserve (Fed) realize dois cortes de juros até o final do ano, mesmo com uma possível alta temporária da inflação devido às tarifas.
Expectativas para o Real
A análise do UBS indica que o dólar continua supervalorizado, mesmo após correções recentes. O índice de valor real da moeda, ponderado pelo comércio global, permanece acima dos fundamentos de longo prazo. A combinação de um grande déficit gêmeo e a oposição de Trump a um dólar forte leva investidores a reavaliar suas posições.
O banco recomenda aumentar posições em moedas que podem se beneficiar do enfraquecimento do dólar, como euro, dólar australiano, franco suíço e peso mexicano. A perspectiva para o real é positiva, com um dos maiores diferenciais de juros do mundo em relação ao dólar, o que o torna atrativo para a estratégia de carry trade. Além disso, as expectativas de inflação no Brasil para 2025 estão em queda, indicando que o ciclo de cortes da Selic pode estar próximo do fim.
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