Dólar sobe 0,66% com expectativa de votação sobre o IOF no mercado financeiro

O dólar encerrou a quarta-feira, 25 de outubro, com alta de 0,66%, cotado a R$ 5,555. A moeda americana oscilou entre R$ 5,511 e R$ 5,573, em um cenário marcado por incertezas fiscais no Brasil, especialmente em relação ao aumento do IOF. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a outras moedas, registrou uma queda de 0,29%.

Os impasses sobre o aumento do IOF voltaram a ser discutidos, impactando a cotação do real. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, indicou que o Projeto de Lei que visa reverter a alta do imposto pode ser votado ainda nesta quarta-feira. Nickolas Lobo, especialista em investimentos da Nomad, destacou que a recente diminuição na entrada de capital estrangeiro reflete preocupações com o cenário fiscal do país.

Cenário Internacional

No contexto global, a trégua entre Irã e Israel, que entrou no segundo dia, trouxe otimismo aos mercados, aumentando o apetite por risco. Além disso, a proximidade do fim do prazo para a suspensão das tarifas comerciais impostas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também está sendo monitorada pelos investidores. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, alertou que tarifas mais altas podem elevar a inflação em breve.

O dólar à vista, utilizado para liquidações imediatas, é fundamental para empresas e instituições financeiras em operações de curto prazo. Por outro lado, o dólar futuro, negociado na Bolsa de Valores, permite que investidores se protejam contra a volatilidade cambial, refletindo as expectativas do mercado sobre a economia.

Discussões no Congresso

Enquanto isso, o Congresso brasileiro debate a possível derrubada do decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras. O presidente da Câmara, Hugo Motta, anunciou que a pauta inclui também uma proposta para isentar do Imposto de Renda quem ganha até dois salários mínimos. O governo, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, discute ainda a elevação da mistura obrigatória de etanol na gasolina e biodiesel no diesel, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou a intenção de "congelar" discussões sobre aumento de despesas públicas.