30 de jun 2025
Maternidade em queda gera novos desafios sociais e econômicos para o Brasil
Queda da taxa de fecundidade no Brasil gera preocupações sobre o sistema previdenciário e aumento dos gastos com saúde até 2050.

Mãe amamenta filho recém-nascido em hospital de Juazeiro (BA) (Foto: Rafaela Araújo/Folhapress)
Ouvir a notícia:
Maternidade em queda gera novos desafios sociais e econômicos para o Brasil
Ouvir a notícia
Maternidade em queda gera novos desafios sociais e econômicos para o Brasil - Maternidade em queda gera novos desafios sociais e econômicos para o Brasil
A queda da taxa de fecundidade no Brasil, que passou de 6,28 filhos por mulher em 1960 para 1,55 em 2022, reflete o avanço das mulheres em educação e no mercado de trabalho. Contudo, essa mudança traz desafios significativos, especialmente no que diz respeito ao sistema previdenciário.
Os dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que a taxa de fecundidade brasileira está abaixo do nível de reposição, que é de 2,1 filhos por mulher. A média de idade das mães também aumentou, passando de 26,3 anos em 2000 para 28,1 anos em 2022. Além disso, a porcentagem de mulheres entre 50 e 59 anos sem filhos subiu de 10% em 2000 para 16,1% em 2022.
Desafios Econômicos
Essa redução na fecundidade, embora positiva em termos de empoderamento feminino, gera preocupações econômicas. O Brasil não aproveitou a janela de oportunidade do bônus demográfico, que poderia ter impulsionado o desenvolvimento. Estima-se que, até 2064, o índice global de mortalidade superará o de natalidade, resultando em uma diminuição da população economicamente ativa.
Os gastos com aposentadorias e saúde estão projetados para aumentar, com os pagamentos do INSS subindo de 8% em 2024 para 10% até 2050. Essa situação exige ajustes no sistema previdenciário, incluindo novas formas de contribuição e a revisão das normas de imigração.
Necessidade de Reformas
Para enfrentar esses desafios, é crucial fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente para a população idosa. Além disso, é necessário repensar as políticas de trabalho e contribuição, garantindo a sustentabilidade das contas públicas. As questões demográficas deixaram de ser um problema futuro e se tornaram uma realidade urgente a ser tratada.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.