04 de jul 2025
Latam se destaca no setor aéreo e planeja expansão na América Latina
Latam Airlines prevê aumento de passageiros entre 2023 e 2025, mas enfrenta riscos com a reforma tributária e escassez de aeronaves.

Companhia aérea passou a liderar mercado nacional, mas ainda lida com restrição de aeronaves e vê passagens mais caras por aumento de custos, diz Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil (Foto: Reprodução/Exame)
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A Latam Airlines, que passou por reestruturação sob o Chapter 11 nos Estados Unidos em 2020, projeta um crescimento de 8% a 9% no número de passageiros até 2025. A companhia, que saiu do processo em 2022 com uma operação mais sustentável, lidera atualmente o mercado aéreo na América do Sul, aumentando sua participação no Brasil de 33% para 40%.
O CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier, destacou que a reestruturação foi crucial para a sustentabilidade da empresa. Em entrevista ao podcast Na sua cesta, ele afirmou que o processo permitiu à companhia reduzir sua dívida e se preparar para a recuperação do mercado. Apesar de um cenário desafiador, com escassez de aeronaves e uma reforma tributária em discussão, a Latam revisou suas projeções financeiras para o ano, prevendo um lucro líquido 38% maior no primeiro trimestre de 2025.
Desafios e Oportunidades
A companhia enfrenta desafios como a volatilidade do preço do petróleo e incertezas econômicas. A reforma tributária, se aprovada como está, pode triplicar a carga fiscal sobre a Latam, aumentando os custos operacionais e, consequentemente, os preços das passagens. Cadier alertou que isso poderia reduzir a demanda em até 30%, segundo estimativas da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).
Além disso, a Latam busca expandir sua malha aérea, que atualmente cobre cerca de 140 cidades no Brasil. O executivo enfatizou a necessidade de uma política regulatória previsível e parcerias com estados e municípios para viabilizar operações em aeroportos menores. A companhia opera atualmente 55 destinos e planeja chegar a 60 até o final do ano.
Fusões e Concorrência
A discussão sobre uma possível fusão entre Gol e Azul continua, mas a entrada da Azul no Chapter 11 esfriou as negociações. Cadier expressou preocupação com a concentração de mercado em alguns aeroportos, onde uma única companhia poderia dominar. Ele ressaltou que a análise do Cade deve considerar a sobreposição de rotas e o impacto na concorrência.
A Latam está avaliando a possibilidade de operar com aeronaves menores para atender a rotas regionais, mas isso depende de uma estrutura de custos adequada. A companhia atualmente utiliza uma frota diversificada, incluindo aeronaves Airbus e Boeing, e busca soluções que garantam a eficiência operacional.
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