Google contrata CEO da Windsurf e reforça equipe com especialistas em IA

A Google anunciou na última sexta-feira a contratação de Varun Mohan, cofundador e CEO da startup de codificação com inteligência artificial Windsurf, além de outros funcionários seniores da empresa. O acordo inclui uma licença não exclusiva para a tecnologia da Windsurf, mas não envolve um investimento direto na startup.

A movimentação ocorre após a Windsurf ter negociado uma aquisição pela OpenAI por US$ 3 bilhões, que não se concretizou devido a impasses sobre propriedade intelectual. Fontes indicam que a Windsurf não queria que a Microsoft, investidora da OpenAI, tivesse acesso a sua tecnologia, o que levou ao fim das negociações.

Detalhes do Acordo

O porta-voz da Google expressou entusiasmo em integrar talentos da Windsurf à equipe do Google DeepMind, destacando a importância de avançar no desenvolvimento de codificação assistida por IA. Douglas Chen, outro cofundador da Windsurf, também fará parte da equipe do Google. A startup, que se destacou no conceito de vibe coding, continuará a desenvolver seus produtos de forma independente.

A Windsurf, oficialmente chamada de Exafunction Inc., tem atraído atenção significativa no setor de tecnologia, especialmente após levantar mais de US$ 200 milhões em capital de risco desde sua fundação em 2021. O interesse crescente por suas soluções de codificação tem elevado as avaliações de startups concorrentes, como a Cursor.

Competição no Setor de IA

A movimentação da Google intensifica a competição por talentos no setor de inteligência artificial, onde empresas como Meta, Amazon e Microsoft também têm adotado estratégias semelhantes, contratando equipes de startups e licenciando tecnologias inovadoras. Recentemente, a Meta fez uma aquisição significativa ao investir US$ 14 bilhões na startup Scale AI, reforçando a corrida por inovações em IA.

Essas ações refletem um ambiente de intensa rivalidade entre as gigantes da tecnologia, que buscam se fortalecer em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico. As autoridades reguladoras estão atentas a essas manobras, que podem ser vistas como tentativas de evitar a fiscalização antitruste.