Índia avança em negociações para reduzir tarifas comerciais com os EUA

Os Estados Unidos estão em negociações avançadas para um acordo comercial com a Índia, que pode resultar na redução das tarifas para menos de 20%. Essa proposta surge em um cenário de tensões comerciais globais, especialmente sob a administração do presidente Donald Trump. A expectativa é que um comunicado oficial sobre o acordo seja divulgado em breve, embora a data exata ainda não tenha sido confirmada.

O entendimento permitirá que a Índia continue as discussões, buscando resolver questões pendentes antes de um pacto definitivo. A tarifa-base proposta é inferior aos 26% inicialmente sugeridos, com a possibilidade de ajustes durante as negociações. A Índia, que foi uma das primeiras nações a buscar um acordo com os EUA neste ano, enfrenta desafios significativos, incluindo a exigência dos EUA para a abertura do mercado indiano a culturas geneticamente modificadas, algo que Nova Délhi rejeita.

Desafios nas Negociações

Além das culturas geneticamente modificadas, outros pontos de discórdia incluem barreiras não tarifárias no setor agrícola e processos regulatórios na indústria farmacêutica. A Índia já apresentou sua proposta final, deixando claro quais são os limites para um possível acordo. Uma delegação indiana deve visitar Washington em breve para avançar nas discussões.

Enquanto isso, Trump anunciou tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, gerando reações do governo Luiz Inácio Lula da Silva. A tarifa, que entrará em vigor em 1º de agosto, foi justificada por Trump como uma resposta a práticas comerciais que considera prejudiciais aos EUA. Lula declarou que o Brasil pode aplicar a lei de reciprocidade em resposta à medida.

Expectativas Futuras

Se o acordo com a Índia for finalizado, o país se tornará um dos poucos a firmar um pacto comercial com o governo Trump. A situação atual destaca a complexidade das relações comerciais entre as nações e o impacto que essas negociações podem ter no comércio global. A Índia busca um acordo que ofereça condições mais favoráveis do que o firmado com o Vietnã, que inclui tarifas de 20% sobre importações.