11 de jul 2025
Tesouro dos EUA registra superávit inesperado em junho com alta nas tarifas
Superávit em junho alivia déficit, mas juros da dívida pública continuam a pressionar as finanças federais dos Estados Unidos.

Uma vista mostra um selo de bronze ao lado de uma porta no edifício do Tesouro dos EUA em Washington, EUA, 20 de janeiro de 2023. (Foto: Kevin Lamarque | Reuters)
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O governo dos Estados Unidos registrou um superávit de US$ 27 bilhões em junho, conforme divulgado pelo Departamento do Tesouro. Esse resultado positivo ocorreu após um déficit de US$ 316 bilhões em maio, reduzindo o déficit acumulado do ano fiscal para US$ 1,34 trilhão, uma queda de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A arrecadação tarifária teve um aumento expressivo de 301% em comparação a junho de 2024, totalizando US$ 27 bilhões. Esse crescimento é atribuído a tarifas de 10% impostas sobre importações, além de taxas adicionais sobre produtos como aço e alumínio. No total, as tarifas arrecadadas no ano somam US$ 113 bilhões, um aumento de 86% em relação ao ano anterior.
Desafios Financeiros
Apesar do superávit em junho, os juros da dívida pública continuam a pressionar as finanças federais. Os pagamentos de juros totalizaram US$ 84 bilhões no mês, refletindo um total de US$ 749 bilhões em juros pagos até agora no ano fiscal. As projeções indicam que os pagamentos de juros podem alcançar US$ 1,2 trilhão até o final do ano.
O ex-presidente Donald Trump tem solicitado ao Federal Reserve a redução das taxas de juros, argumentando que isso poderia aliviar a carga financeira do governo. Entretanto, o mercado não espera cortes nas taxas até setembro, e o presidente do Fed, Jerome Powell, expressou preocupações sobre o impacto das tarifas na inflação.
Perspectivas Futuras
Com três meses restantes até o fim do ano fiscal em 30 de setembro, o governo enfrenta um cenário desafiador. A arrecadação total aumentou 7% no ano, enquanto os gastos cresceram 6%. O aumento nas tarifas é visto como um fator crucial para a melhoria das finanças públicas, mas a pressão dos juros da dívida continua a ser uma preocupação central.


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