14 de jul 2025
O impacto das novas tarifas dos EUA e por que o investimento em ativos imobiliários segue sendo uma fortaleza
'Considerando o cenário atual, mais do que nunca, a estratégia mais sólida está na diversificação com visão de longo prazo'

Jorge Cury migrou do mercado financeiro para o imobiliário
Ouvir a notícia:
O impacto das novas tarifas dos EUA e por que o investimento em ativos imobiliários segue sendo uma fortaleza
Ouvir a notícia
O impacto das novas tarifas dos EUA e por que o investimento em ativos imobiliários segue sendo uma fortaleza - O impacto das novas tarifas dos EUA e por que o investimento em ativos imobiliários segue sendo uma fortaleza
Por Jorge Cury – CEO da UMÃ Incorporadora
O anúncio de Donald Trump sobre a imposição de tarifas de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos acendeu um alerta real para os investidores. Ao misturar política externa com comércio, mirando diretamente o governo Lula e mencionando Jair Bolsonaro, Trump sinaliza que o Brasil entrou oficialmente em um novo jogo geopolítico e com regras mais duras.
Um cenário de tensão crescente
Atualmente, os EUA são responsáveis por 12% das exportações brasileiras, sendo nosso segundo maior parceiro comercial, atrás apenas da China. Com a nova medida, setores como petróleo (20% da pauta exportadora), aeronaves da Embraer (7%), siderurgia (14%) e o agronegócio passam a estar no centro da disputa.
O mercado já reagiu fortemente: o Ibovespa futuro recuou 2,4%, o dólar saltou para R$ 5,57, os juros longos reagiram de forma ascendente. Ao contrário de momentos anteriores, em que o Brasil conseguiu se beneficiar indiretamente de embates entre potências, agora poderemos ser diretamente impactados pelas novas tarifas.
Revisando posições no mercado de ações
Na esteira do juros, índice Bovespa reagiu negativamente especialmente em setores sensíveis a exportação de commodities como mineração, siderurgia, aviação, petroquímicos e proteína animal.
Algumas orientações táticas para investidores:
- Reduzir a exposição a setores diretamente afetados pelas tarifas;
- Reforçar posições em empresas voltadas ao mercado interno, como bancos, utilities e ativos imobiliários;
- Manter posições em juros pós-fixados com liquidez diária para aproveitar eventuais oportunidades de correção bem como, mudança de estratégia de investimento.
A moeda brasileira e a nova realidade
Com o dólar podendo se estabilizar acima de R$ 5,50, a volatilidade deve seguir elevada. O investidor brasileiro precisa estar preparado para um ambiente mais imprevisível, onde decisões políticas no exterior afetam diretamente seus ativos.
Considerando o cenário atual, mais do que nunca, a estratégia mais sólida está na diversificação com visão de longo prazo. Investir em ativos imobiliários de alto padrão em São Paulo, com foco em localização, estratégica e rentabilidade, segue sendo uma estratégia de segurança patrimonial e retorno sobre investimento.
É uma forma de proteger o capital dentro do país, com retorno consistente e menor exposição à instabilidade internacional.
Jorge Cury
Paulistano, formado em administração de empresas, consolidou sua trajetória no mercado financeiro. Com mais de uma década no mercado imobiliário, fundou a UMÃ Incorporadora. O primeiro projeto da incorporadora teve como parceiro o fundo TG Core, sendo estruturado em alto nível de governança, auditado pela Ernst & Young e distribuído pela XP Investimentos. Em sua atuação, Jorge Cury conecta investimentos institucionais ao desenvolvimento de ativos imobiliários de alto padrão orientados à rentabilidade.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.