14 de jul 2025
Petroleiras argentinas garantem empréstimo de US$ 2 bilhões para oleoduto em Vaca Muerta
Argentina assina contrato de US$ 2 bilhões para o Oleoduto Vaca Muerta Sul e Brasil se prepara para importar gás argentino.

Extração de petróleo na Vaca Muerta, em dezembro de 2016 (Foto: SobrevolandPatagonia/Adobe Stock)
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A Argentina avança na reabertura de seu mercado internacional de financiamento com a assinatura de um contrato de empréstimo de US$ 2 bilhões pela VMOS. O recurso será destinado à construção do Oleoduto Vaca Muerta Sul, o maior projeto de infraestrutura do país, com operações previstas para iniciar em 2026.
O acordo, considerado um marco histórico, representa a reabertura do mercado de financiamento, que estava fechado desde 2019. O projeto visa liberar o potencial de exportação de petróleo da Argentina e é o maior empréstimo comercial para infraestrutura na história do país, além de estar entre os cinco maiores do setor de petróleo e gás na América Latina.
Financiamento e Operações
O financiamento foi liderado por cinco bancos: Citi, Deutsche Bank, Itaú, JP Morgan e Santander, com a participação de um grupo de 14 bancos internacionais. O empréstimo cobrirá 70% do capital necessário, enquanto os 30% restantes serão aportados pelos parceiros do projeto. A capacidade inicial do oleoduto será de 180 mil barris por dia, aumentando para 550 mil barris por dia em 2027.
Interesses do Brasil
O Brasil demonstrou interesse na produção de gás de Vaca Muerta. Em 18 de novembro, durante a cúpula do G-20, o governo brasileiro, por meio do Ministério de Minas e Energia, assinou um memorando de entendimento para facilitar a importação de gás argentino. O acordo prevê a formação de um grupo de trabalho para identificar medidas de infraestrutura que possibilitem a chegada do gás ao Brasil.
Entre as opções discutidas estão a inversão do gasoduto Brasil-Bolívia, o Gasbol, e a construção de novos gasodutos que conectem diretamente a Argentina ao Brasil, possivelmente em Uruguaiana (RS) ou através do Paraguai e Uruguai. Essa colaboração pode transformar o Brasil em um importador de petróleo nos próximos anos, caso não encontre novas reservas.
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