Tarifas afetam duramente empresas europeias; setores em destaque nas próximas divulgações

U.S. President Donald Trump's tariff policies estão gerando incertezas no mercado europeu, especialmente com a aproximação da temporada de resultados do segundo trimestre. Cinco empresas europeias, avaliadas em mais de 50 bilhões de euros, devem divulgar seus resultados esta semana, enquanto as estimativas de lucros caem drasticamente.

As projeções para o lucro por ação no índice Stoxx 600 da Europa indicam uma queda de 0,2% em relação ao ano anterior, uma reversão significativa em comparação com a expectativa de crescimento de 7,2% em abril. Se essa tendência se confirmar, será o primeiro trimestre com desempenho negativo desde o segundo trimestre de 2024. Em contraste, o S&P 500 dos EUA ainda prevê um crescimento de 5,8%.

Setores em Foco

O setor de energia é um dos mais afetados, com uma previsão de queda de mais de 15% nos lucros. Essa expectativa é uma drástica mudança em relação ao início do ano, quando se esperava um crescimento de 10%. A queda nos preços do petróleo, que recuaram 9% no segundo trimestre, contribuiu para essa situação. As grandes empresas do setor, como Equinor e TotalEnergies, devem reportar resultados em breve.

No setor de consumo, as empresas enfrentam um cenário desafiador, com uma previsão de queda de 24,1% nos lucros, em comparação com uma expectativa de apenas 5% em abril. A fraqueza do dólar e a incerteza sobre a demanda global estão entre os fatores que impactam negativamente as perspectivas. Resultados de marcas de luxo, como LVMH e Christian Dior, serão observados atentamente.

Desempenho Financeiro

As instituições financeiras da Europa também estão sob os holofotes, após cinco trimestres consecutivos de crescimento robusto. Para este trimestre, espera-se um crescimento modesto de menos de 2%. O setor bancário, que tem sido um pilar para os lucros europeus, enfrentará um teste importante, especialmente após um aumento significativo nas avaliações. O índice Stoxx 600 Banks teve seu melhor primeiro semestre desde 1997, impulsionado por um desempenho superior no primeiro trimestre.

Com a divulgação dos resultados se aproximando, analistas estão atentos às repercussões das políticas tarifárias de Trump, que podem impactar diretamente a demanda e os lucros das empresas europeias.