15 de jul 2025
ONU confirma que 875 palestinos foram mortos perto de centros de ajuda em Gaza
ONU registra 875 assassinatos em Gaza em seis semanas, enquanto a Fundação Humanitária nega incidentes e critica modelo de ajuda.

Homem carrega o corpo de uma criança durante o funeral dos palestinos da família Azzam, mortos em um ataque israelense noturno à sua casa, de acordo com médicos, antes de enterrá-los em um terreno devido à falta de espaço nos cemitérios superlotados de Gaza, na Cidade de Gaza, em 15 de julho de 2025. (Foto: REUTERS/Khamis Al-Rifi)
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O escritório de direitos humanos da ONU anunciou que registou 875 assassinatos em Gaza nas últimas seis semanas, muitos ocorrendo em pontos de ajuda administrados pela Fundação Humanitária de Gaza. Este número alarmante foi divulgado em meio a alegações de bloqueios de ajuda humanitária e saques de suprimentos.
A maioria das mortes ocorreu nas proximidades das instalações da Fundação, que é apoiada por EUA e Israel. Outros 201 assassinatos foram registrados em rotas de comboios de ajuda, incluindo aqueles liderados pela ONU. A Fundação Humanitária de Gaza, que começou a distribuir alimentos em maio, nega que tais incidentes tenham ocorrido em suas instalações e acusa a ONU de desinformação.
A Fundação utiliza empresas privadas de segurança e logística dos EUA para entregar suprimentos, contornando um sistema da ONU que Israel afirma ter sido explorado por militantes do Hamas. O Hamas, por sua vez, refuta essas alegações. O porta-voz do Escritório do Alto Comissariado da ONU, Thameen Al-Kheetan, afirmou que os dados são baseados em informações de fontes confiáveis, incluindo organizações de direitos humanos.
Críticas ao Modelo de Ajuda
As Nações Unidas criticaram o modelo de ajuda da Fundação Humanitária de Gaza, considerando-o "inerentemente inseguro" e uma violação dos padrões de imparcialidade humanitária. A Fundação, que afirma ter entregue mais de 70 milhões de refeições em cinco semanas, argumenta que outros grupos humanitários tiveram sua ajuda saqueada pelo Hamas ou por gangues criminosas.
O Exército israelense, em resposta, está analisando as recentes baixas e afirmou que tem tentado minimizar o atrito entre os palestinos e suas Forças de Defesa, implementando cercas e abrindo novas rotas de acesso. A situação em Gaza continua crítica, com a comunidade internacional observando atentamente os desdobramentos.
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