Fundador da Oracle se torna o 2º mais rico do mundo com avanço da inteligência artificial

Larry Ellison, fundador da Oracle, agora é o segundo homem mais rico do mundo, com um patrimônio de US$ 251 bilhões, conforme o índice da Bloomberg. Esse crescimento, que soma cerca de US$ 60 bilhões apenas em 2025, é impulsionado pela valorização de 41% das ações da Oracle e pela participação da empresa no projeto Stargate, uma iniciativa de inteligência artificial que prevê investimentos de até US$ 500 bilhões em infraestrutura nos próximos quatro anos.

A Oracle, junto a gigantes como SoftBank e OpenAI, está na vanguarda desse megaprojeto, que inclui parcerias com empresas como Arm, Microsoft e Nvidia. No último trimestre fiscal, encerrado em maio, a Oracle reportou uma receita de US$ 15,9 bilhões, um aumento de 11% em relação ao ano anterior. O volume de contratos pendentes também cresceu 41%, totalizando US$ 138 bilhões, indicando uma forte demanda por seus serviços, especialmente em nuvem e IA.

Desafios e Oportunidades

Apesar do otimismo, analistas do Goldman Sachs mantêm uma visão cautelosa sobre as ações da Oracle, reiterando uma recomendação neutra. Eles alertam para os riscos de margens comprimidas devido aos intensivos ciclos de investimento em IA, o que pode pressionar o fluxo de caixa livre da empresa.

Outro beneficiado pelo crescimento da IA é Jensen Huang, CEO da Nvidia, que agora possui US$ 149 bilhões, superando Warren Buffett, que tem US$ 141 bilhões. A Nvidia se destaca como fornecedora de semicondutores essenciais para o treinamento de modelos generativos, consolidando sua posição no ecossistema de IA.

Compromisso com a Filantropia

Em meio a esse crescimento, Ellison anunciou uma reformulação em seu compromisso com o Giving Pledge, movimento fundado por Bill Gates e Warren Buffett. Ele reafirmou a intenção de doar 95% de sua riqueza, mas agora concentrará os recursos no Ellison Institute of Technology, em Oxford, que investe em saúde, segurança alimentar e energia limpa. Ellison acredita que essa mudança aumentará as chances de encontrar soluções práticas para problemas globais, como fome e mudança climática.