17 de jul 2025
Exportações do Brasil para a China caem drasticamente em meio a tarifas de Trump
China reduz importações do Brasil em 7,5% e aumenta compras de carros híbridos e terras raras, impactando o comércio bilateral.
Porto de Santos (Foto: Porto de Santos - APS)
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A China intensificou sua estratégia de diversificação de importações, resultando em uma queda de 7,5% nas exportações brasileiras para o país no primeiro semestre de 2024. As vendas totalizaram US$ 47,7 bilhões, a maior retração em uma década. Em contrapartida, as importações brasileiras da China cresceram 22%, alcançando um recorde, impulsionadas principalmente por carros híbridos e plataformas de petróleo.
O diretor de pesquisa do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), Tulio Cariello, destaca que a busca por novos parceiros comerciais foi acelerada após as tarifas impostas pelo governo de Donald Trump. A pandemia também impactou as cadeias de valor, forçando a China a reavaliar suas fontes de suprimento. Cariello alerta que o Brasil deve diversificar seus mercados para mitigar riscos futuros.
Importações em Alta
Entre os itens que mais cresceram nas importações, os laminados planos de aço com largura igual ou superior a 600 milímetros aumentaram 318%, totalizando US$ 294 milhões. As compras de carros híbridos subiram 52%, somando US$ 1,38 bilhão. A CEBC observa picos de importação em junho, sugerindo que os importadores estão antecipando embarques antes do aumento gradual das tarifas sobre veículos elétricos, que subiram para 30% em julho de 2025.
Exportações e Terras-Raras
No que diz respeito às exportações, a soja teve um aumento de 5% em volume, mas a queda nos preços resultou em uma diminuição de 6% no faturamento, que ficou em US$ 18,9 bilhões. As vendas de petróleo enfrentaram a maior queda em cinco anos, com uma retração de 7% em volume e 15% em receita.
Um destaque positivo foi o aumento nas exportações de compostos de metais de terras-raras, que triplicaram, totalizando US$ 6,7 milhões. Esses materiais são essenciais para eletrônicos e veículos elétricos, e o Brasil, com a segunda maior reserva global, tem potencial para expandir esse setor. Cariello enfatiza a necessidade de projetos de longo prazo para desenvolver as exportações de terras-raras, especialmente em um cenário de crescente demanda global.
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