TSMC registra lucro de quase 61% no segundo trimestre impulsionado por demanda de chips AI

A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), maior fabricante de chips do mundo, reportou um lucro recorde de 61% no segundo trimestre de 2023, em comparação ao ano anterior. O resultado, que totalizou 398,27 bilhões de novos dólares taiwaneses (aproximadamente US$ 13,57 bilhões), foi impulsionado pela crescente demanda por chips de inteligência artificial.

A receita da TSMC também apresentou um desempenho robusto, alcançando 933,79 bilhões de novos dólares taiwaneses, um aumento de 39% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar de uma desaceleração em relação ao crescimento de 42% do primeiro trimestre, os números superaram as expectativas do mercado.

Desafios Comerciais

A empresa enfrenta incertezas devido a tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. O ex-presidente Donald Trump ameaçou implementar uma tarifa recíproca de 32% sobre produtos taiwaneses, mas até o momento, a TSMC não recebeu notificações oficiais sobre mudanças. O CEO C.C. Wei afirmou que a demanda por chips de IA permanece forte e que a empresa deve sofrer impacto limitado das tarifas.

Além disso, a TSMC está em diálogo com autoridades americanas para mitigar os riscos associados a possíveis tarifas adicionais sobre semicondutores. O CEO destacou que a empresa continua a ser um parceiro essencial para seus clientes, mesmo diante das incertezas econômicas.

Impacto Cambial e Produção nos EUA

Outro desafio é a valorização do dólar taiwanês, que já acumulou mais de 10% de alta neste ano. A TSMC estima que sua margem de lucro operacional diminui em 0,4 ponto percentual para cada 1% de valorização do dólar americano em relação ao novo dólar taiwanês. Apesar disso, as exportações de Taiwan cresceram significativamente, com um aumento de 87% nos embarques para os EUA em maio, o maior crescimento em quase 15 anos.

A TSMC também anunciou que está acelerando sua produção nos Estados Unidos para atender à demanda crescente de clientes locais. O compromisso da empresa em investir 165 bilhões de dólares na fabricação de semicondutores nos EUA reforça seu papel crucial na indústria local, mesmo em um cenário de incertezas comerciais.