Vale, Usiminas, CSN e Gerdau se preparam para a temporada de balanços do 2T

A temporada de balanços do segundo trimestre de 2025 está prestes a começar, com foco nas empresas de mineração e siderurgia listadas na B3. Usiminas, CSN, Gerdau e Vale enfrentam desafios operacionais que devem impactar seus resultados. A pressão nos preços do minério de ferro afeta a Vale e a CSN, enquanto as empresas do setor de aço lidam com demanda fraca e concorrência externa.

Usiminas e CSN

A Usiminas divulgará seus resultados em 25 de julho, com expectativas de um EBITDA de R$ 489 milhões, abaixo dos R$ 733 milhões do primeiro trimestre. A previsão é de uma queda de 5,6% na receita líquida, totalizando R$ 6,5 bilhões. A CSN, com resultados também programados para 31 de julho, deve apresentar um EBITDA de R$ 2,4 bilhões, refletindo uma queda de 4% em relação ao trimestre anterior. A divisão de mineração da CSN deve sofrer uma redução de 20% no EBITDA, impactada pela queda nos preços do minério.

Gerdau e Vale

A Gerdau, que divulgará seus resultados em 31 de julho, deve se beneficiar de operações na América do Norte, onde o EBITDA pode alcançar R$ 2,5 bilhões, um aumento de 4% em relação ao trimestre anterior. No Brasil, a margem deve cair para 10,5%. Já a Vale, com resultados previstos para o mesmo dia, deve enfrentar uma queda de 20% no EBITDA, estimado em US$ 3,2 bilhões, devido à pressão nos preços do minério de ferro.

Expectativas e Desafios

As empresas enfrentam um cenário desafiador, com preços em queda e custos elevados. A Usiminas e a CSN devem ver suas margens pressionadas, enquanto a Gerdau pode se destacar pela resiliência nas operações norte-americanas. A Vale, por sua vez, continua a concentrar volumes na China, mas enfrenta dificuldades com a queda nos preços realizados. As expectativas para o segundo semestre de 2025 incluem uma possível recuperação, mas a disciplina financeira será crucial para todas as empresas.