Viajar e comprar no exterior terá aumento de custos; entenda as mudanças

A partir de 17 de outubro, o governo brasileiro anunciou um aumento na alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para transações de câmbio e remessas ao exterior, que agora é de 3,5%. Essa mudança, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, padroniza a taxa para a compra de moeda estrangeira, incluindo papel moeda e cartões internacionais.

Para compras de moeda em espécie, a alíquota subiu de 1,1% para 3,5%, enquanto para cartões internacionais, a taxa passou de 3,38% para 3,5%. Essa alteração impacta diretamente o planejamento financeiro de quem pretende viajar para o exterior, tornando o uso do Pix Internacional uma alternativa mais atrativa em termos de custos.

Vantagens do Pix Internacional

O Pix Internacional já está disponível para turistas brasileiros e permite pagamentos em reais, com a conversão cambial sendo realizada por fintechs autorizadas. Embora o IOF ainda incida sobre essas operações, o uso do Pix pode ser mais econômico. Segundo Alex Hoffmann, presidente da PagBrasil, o spread na conversão de moeda para o Pix varia entre 2% e 3%, enquanto o uso de cartões de crédito e a compra de dinheiro em espécie apresentam spreads de 5% a 7%.

Além disso, o Pix garante a taxa de câmbio no momento da transação, permitindo que o usuário veja o valor total em reais antes de confirmar a operação. Em contrapartida, no cartão de crédito, o valor final só é conhecido no fechamento da fatura, o que pode gerar surpresas.

Impacto nas Taxas de Cartões

As empresas que emitem cartões para viagens internacionais afirmam que o aumento do IOF resultará em taxas mais altas para cartões de crédito e débito. No entanto, defendem que os cartões de débito ainda são uma opção vantajosa em termos de custo-benefício para quem viaja ao exterior. A nova alíquota de 3,5% deve ser considerada por todos os viajantes que planejam utilizar esses meios de pagamento.