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18 de jul 2025

EUA expressam preocupação com o avanço do Pix, afirma Meirelles

EUA investigam o Brasil e impõem tarifa de 50% sobre produtos, afetando o PIX e gerando tensões comerciais entre os países.

Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, concede entrevista ao g1 (Foto: Fábio Tito/g1)

Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, concede entrevista ao g1 (Foto: Fábio Tito/g1)

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O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, anunciou uma investigação comercial contra o Brasil, que inclui o PIX, sistema de pagamento brasileiro. A medida foi divulgada na terça-feira, 15 de julho, e impõe uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, gerando preocupações sobre possíveis retaliações.

Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda, comentou que a inclusão do PIX na investigação reflete a eficiência do sistema brasileiro, que compete diretamente com serviços de pagamento de grandes empresas como Google e Apple. Em entrevista à BBC News Brasil, Meirelles descreveu o PIX como "rápido e eficiente", destacando que sua popularidade, com mais de 100 milhões de usuários, incomoda as empresas americanas.

As alegações do governo americano incluem práticas desleais na adoção do PIX, que teria prejudicado o sistema de pagamentos das empresas dos EUA. Meirelles contestou essas afirmações, afirmando que o Brasil não favorece países como México e Índia com tarifas mais baixas, mas sim aplica taxações generalizadas.

Negociações e Retaliações

Meirelles sugeriu que o Brasil deve buscar negociações diplomáticas para evitar a tarifa de 50%. Ele acredita que o governo brasileiro poderia revisar suas tarifas atuais em relação aos EUA como parte de um acordo. No entanto, ele não descarta a possibilidade de retaliações, como o aumento de tarifas sobre produtos americanos, caso as negociações não avancem.

O ex-ministro também enfatizou a importância de ampliar parcerias econômicas, especialmente com a China, para diversificar os mercados brasileiros. Ele observou que, apesar das tensões com os EUA, o Brasil não enfrenta confrontos diretos com a China, o que pode ser uma oportunidade para fortalecer laços comerciais.

Impactos Econômicos

A investigação e as tarifas podem impactar as exportações brasileiras, especialmente em setores como a indústria de aviões. Contudo, Meirelles acredita que o efeito geral será menos significativo em comparação a outros países, já que as exportações brasileiras são predominantemente de commodities, que podem ser direcionadas a outros mercados, especialmente na Ásia.

Analistas internacionais têm criticado a política de tarifas, apontando que ela pode prejudicar a economia global. O Fundo Monetário Internacional (FMI) já revisou suas projeções de crescimento econômico global, indicando que a economia pode crescer apenas 2,8% em vez de 3,3%.

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