Rússia avalia sanções da UE para minimizar efeitos na economia nacional

O Kremlin anunciou que irá analisar o 18º pacote de sanções da União Europeia (UE), aprovado nesta sexta-feira, em resposta à guerra na Ucrânia. O porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov, afirmou que o objetivo é minimizar as consequências econômicas das novas restrições, que Moscou considera ilegítimas.

As sanções incluem a redução do teto do preço do petróleo russo de US$ 60 para um valor ainda a ser definido, além de proibições financeiras que afetam mais de 100 navios e 22 bancos russos. Peskov destacou que a Rússia já adquiriu "certa imunidade" às sanções, adaptando-se à nova realidade econômica.

Detalhes do Pacote

O novo pacote também proíbe transações financeiras relacionadas ao gasoduto Nord Stream, atualmente fora de operação, e amplia as restrições sobre tecnologias críticas e bens industriais, especialmente aqueles utilizados na produção de drones. Além disso, o fundo russo de investimento direto e suas subsidiárias foram incluídos na lista de entidades sancionadas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que as sanções visam "atingir o cerne da máquina de guerra russa". A UE busca pressionar Moscou até que um cessar-fogo seja alcançado, enquanto especialistas alertam que as novas medidas podem ter impactos negativos também para os países que as impõem.

Impactos e Expectativas

Pesquisadores indicam que a proibição de importações de produtos refinados de petróleo russo, mesmo que processados em outros países, pode afetar mercados como o da Índia, que tem comprado petróleo a preços baixos. A utilização da frota paralela da Rússia para contornar as sanções também levanta preocupações sobre a eficácia das medidas.

A atenção agora se volta para os Estados Unidos, onde se espera que o presidente Donald Trump implemente tarifas severas a países que negociam com a Rússia, caso não haja um acordo de paz em um prazo estipulado. A UE continua a liderar os esforços para enfraquecer a economia russa, buscando limitar sua capacidade de agressão militar na região.