20 de jul 2025
UE elabora plano de retaliação diante do endurecimento comercial dos EUA
UE se prepara para medidas de retaliação contra tarifas americanas, enquanto prazo de 1º de agosto se aproxima.

Um navio porta-contêineres navega pelo Porto de Roterdã (Foto: Pierre Crom/Getty Images via Bloomberg)
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Os Estados Unidos mantêm um prazo fixo de 1º de agosto para a implementação de tarifas de 30% sobre produtos da União Europeia (UE), intensificando as tensões comerciais entre as duas potências. A Comissão Europeia se prepara para discutir medidas retaliatórias, incluindo tarifas sobre produtos americanos, caso as negociações não avancem.
Representantes da UE se reunirão ainda esta semana para avaliar as consequências do endurecimento das tarifas americanas. As conversas em Washington não resultaram em avanços significativos, e a expectativa é que os EUA imponham tarifas superiores a 10%, com isenções limitadas a setores como aviação e medicamentos. O presidente Donald Trump já alertou sobre as tarifas, que podem afetar gravemente o comércio bilateral.
A UE já aprovou tarifas potenciais sobre 21 bilhões de euros em produtos americanos, como soja e motocicletas, visando estados com forte apoio político a Trump. Além disso, o bloco está considerando tarifas adicionais que podem impactar 72 bilhões de euros em bens, incluindo aeronaves e automóveis. A situação é tensa, e qualquer retaliação mais robusta pode aprofundar o impasse comercial.
Medidas Retaliatórias em Discussão
A UE também está avaliando a ativação do instrumento anti-coerção, que permite a aplicação de medidas retaliatórias amplas. Essa decisão exigirá aprovação dos líderes europeus, dada a gravidade das consequências para o comércio transatlântico. O instrumento foi concebido para responder a ações coercitivas de países terceiros que utilizam o comércio para pressionar decisões soberanas do bloco.
As negociações continuam, mas a incerteza sobre um acordo permanece. O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, expressou otimismo sobre a possibilidade de um entendimento, afirmando que é melhor abrir mercados do que enfrentar tarifas significativas. A UE, por sua vez, busca um acordo que evite um aumento nas tarifas comerciais, mas a posição de Trump continua incerta.
Com o prazo se aproximando, a pressão aumenta sobre a UE para que elabore um plano de ação caso as tarifas sejam implementadas. A situação exige uma resposta rápida e coordenada, refletindo a complexidade das relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.




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