21 de jul 2025
CGU identifica falhas da Enel durante apagões em São Paulo em 2023 e 2024
CGU aponta falhas da Enel em apagão de outubro de 2024, afetando mais de 3 milhões de residências e gerando prejuízos bilionários.

Fachada da subestação Anhembi, da Enel, em São Paulo (Foto: Bruno Escolastico Sousa Silva/Getty Images)
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A Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou um relatório que revela falhas significativas da Enel no cumprimento do plano de contingência durante um apagão em outubro de 2024, que deixou mais de 3 milhões de residências sem energia em São Paulo. O evento ocorreu após a concessionária já ter enfrentado críticas por um apagão anterior, em novembro de 2023, que afetou mais de 2 milhões de endereços.
O relatório da CGU destaca que, apesar de a Enel ter elaborado um plano de melhorias após o apagão de 2023, a mobilização de equipes durante o novo incidente foi inadequada. A empresa deveria ter enviado 1.266 equipes para atender à emergência, mas apenas 560 foram mobilizadas no início do evento. A resposta das equipes começou apenas três dias após o início do apagão, o que impactou negativamente a agilidade no restabelecimento do fornecimento de energia.
Recomendações da CGU
A CGU recomendou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que implemente um procedimento de fiscalização específico para situações de emergência, a fim de avaliar a adesão da Enel ao plano de contingência. O órgão também identificou fragilidades na regulamentação que monitora o desempenho das concessionárias em emergências, sugerindo melhorias para garantir a continuidade e eficiência dos serviços.
Em resposta às críticas, a Enel informou que, durante o apagão de outubro de 2024, 80% dos clientes afetados tiveram o fornecimento restabelecido em até 24 horas. A empresa anunciou um investimento recorde de R$ 10,4 bilhões entre 2025 e 2027 para melhorar a infraestrutura e enfrentar as mudanças climáticas, além da contratação de 1.200 novos profissionais para reforçar sua equipe.
Impactos Econômicos
Os apagões em São Paulo geraram prejuízos bilionários ao varejo e aos serviços, evidenciando a necessidade de um sistema elétrico mais resiliente. A CGU enfatizou a importância de aprimorar a regulamentação para assegurar a eficiência e segurança na prestação do serviço, especialmente em situações de crise.
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