FMI afirma que El Salvador não adquiriu bitcoin desde fevereiro
El Salvador interrompe compras de bitcoin, enquanto governo nega e enfrenta pressão do FMI por revisão de políticas.

Bitcoin: FMI afirma que El Salvador parou de comprar ativo (Foto: NurPhoto/Getty Images)
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O FMI (Fundo Monetário Internacional) revelou que El Salvador não adquiriu bitcoin desde fevereiro de 2024, contradizendo as declarações do governo liderado pelo presidente Nayib Bukele. O governo, que adotou a criptomoeda como moeda legal em 2021, continua a afirmar que as compras diárias da moeda digital estão em andamento.
A divergência começou após um acordo entre El Salvador e o FMI em dezembro de 2024, que resultou em um empréstimo de US$ 1,4 bilhão. Em troca, o governo concordou em revisar suas políticas sobre a criptomoeda. Desde então, o FMI tem insistido que o país aceitou interromper as compras de bitcoin, mas Bukele nega essa informação, frequentemente compartilhando dados que sugerem um aumento nas reservas.
Recentemente, autoridades salvadorenhas confirmaram que as reservas de bitcoin não cresceram desde fevereiro. Em uma carta à presidente do FMI, Kristalina Georgieva, Douglas Pablo Rodríguez Fuentes e Jerson Rogelio Posada Molina, presidente do Banco Central e ministro das Finanças, respectivamente, afirmaram que o estoque de bitcoins permanece inalterado. Eles também mencionaram que o governo encerrou a "acumulação voluntária" da criptomoeda.
Acumulação Involuntária
As autoridades esclareceram que, embora as compras tenham cessado, ainda existe uma "acumulação involuntária" de bitcoin, resultante de apreensões e confiscos realizados por medidas de aplicação da lei. Essas ações não envolvem compras, conforme exigido pelo FMI. Atualmente, El Salvador possui cerca de 6,2 mil bitcoins, avaliados em mais de US$ 738 milhões.
Após a divulgação do relatório do FMI, o presidente Bukele não se manifestou sobre o assunto. Se as informações do FMI forem corretas, o país pode ter utilizado estratégias de transferência de ativos para aparentar que as compras continuavam. Caso contrário, se as aquisições realmente prosseguirem, isso poderia comprometer o empréstimo obtido junto ao FMI.
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