OpenAI deve esperar até 2029 para lucrar, revela análise da JPMorgan

A OpenAI, famosa pelo ChatGPT, recebeu sua primeira avaliação do JPMorgan, que prevê gastos de até US$ 46 bilhões nos próximos quatro anos. O relatório, divulgado em 19 de outubro, destaca a crescente competição por talentos e a necessidade de diversificação das vantagens competitivas da empresa.

Os analistas do banco consideram que, apesar dos altos custos, essa queima de caixa é sustentável, uma vez que a OpenAI já captou US$ 57 bilhões desde 2022. Contudo, a rentabilidade não deve ser alcançada antes de 2029, o que pode desafiar a paciência dos investidores. O relatório menciona a "vibe spending", caracterizada por gastos motivados mais pelo otimismo do que por retornos financeiros imediatos.

Competição por Talentos

A disputa por engenheiros de inteligência artificial se intensificou, especialmente após o lançamento do laboratório de superinteligência da Meta. O JPMorgan aponta que sete dos dez primeiros contratados da Meta vieram da OpenAI, com acordos que superam US$ 100 milhões. Essa guerra por talentos pressiona os custos da empresa.

Apesar da forte vantagem de pioneirismo, com mais de 500 milhões de usuários ativos semanais no ChatGPT, o relatório alerta para um risco crescente: a diferenciação técnica entre os modelos de IA está diminuindo. Para os analistas, a superioridade da OpenAI é uma "trincheira frágil", pois concorrentes estão alcançando avanços semelhantes rapidamente.

Potencial de Mercado

O JPMorgan estima que o mercado potencial da OpenAI pode ultrapassar US$ 700 bilhões até 2030, considerando receitas de agentes de IA, publicidade, assinaturas e dispositivos. A recente aquisição da startup de Jony Ive, por US$ 6,5 bilhões, pode impulsionar o desenvolvimento de um dispositivo próprio, criando um ciclo virtuoso para o uso de seus softwares.

A capacidade da OpenAI de converter sua vasta base de usuários em lucros e manter a liderança tecnológica será crucial em um cenário de concorrência cada vez mais acirrada.