NotíciasEconomia

22 de jul 2025

Wise enfrenta críticas enquanto CEO justifica mudança de sede para os EUA

Acionistas da Wise se opõem à mudança de listagem para os EUA, temendo a extensão dos direitos de voto diferenciados até 2036.

Taavet Hinrikus e Kristo Käärmann, fundadores da Wise: disputa sobre poder de voto expõe divisão na governança da fintech em meio à proposta de mudança da listagem principal para os EUA (Foto: Wise/Divulgação)

Taavet Hinrikus e Kristo Käärmann, fundadores da Wise: disputa sobre poder de voto expõe divisão na governança da fintech em meio à proposta de mudança da listagem principal para os EUA (Foto: Wise/Divulgação)

Ouvir a notícia

Wise enfrenta críticas enquanto CEO justifica mudança de sede para os EUA - Wise enfrenta críticas enquanto CEO justifica mudança de sede para os EUA

0:000:00

A fintech britânica Wise, famosa por suas transferências internacionais de baixo custo, enfrenta resistência de acionistas em relação à proposta de mudança de sua listagem da Bolsa de Londres para os Estados Unidos. A votação está agendada para o dia 28 deste mês. O cofundador Taavet Hinrikus, que possui 5,1% das ações, é um dos principais críticos da proposta, que inclui a prorrogação dos direitos de voto diferenciados.

A Wise, avaliada em £9 bilhões durante seu IPO em 2021, anunciou sua intenção de migrar para os EUA, um movimento que pode ser visto como um revés para o mercado de capitais britânico. Hinrikus argumenta que a proposta não apenas altera a localização da listagem, mas também estende por mais uma década os direitos de voto das ações classe B, que concentram o poder decisório nas mãos de um pequeno grupo de fundadores.

Estrutura de Votação

As ações classe B têm nove votos cada, enquanto as classe A têm apenas um. Essa estrutura, comum em empresas de tecnologia, visa evitar aquisições hostis, mas pode prejudicar a valorização ao limitar a influência de investidores minoritários. A expectativa era que essa assimetria expirasse em 2026, mas a nova proposta a estende até 2036. Isso mantém o controle nas mãos do CEO Kristo Käärmann, que possui menos de 20% do capital econômico, mas controla quase 55% dos votos.

A Skaala Investments, que detém mais de 15% das ações classe B, critica a forma como a proposta foi apresentada, alegando que os acionistas estão diante de uma decisão "tudo ou nada". A empresa pede que a questão dos direitos de voto seja discutida separadamente, permitindo que os investidores aprovem a mudança de listagem sem concordar com a extensão do controle acionário.

Reações e Recomendações

Em resposta, Käärmann reconheceu as preocupações, mas defendeu a clareza do plano. A Wise argumenta que a estrutura de classes diferentes apoia a gestão na execução de sua visão de longo prazo. As consultorias de voto Glass Lewis, PIRC e ISS recomendaram apoio à proposta, destacando que a listagem nos EUA pode facilitar o crescimento da empresa.

As ações da Wise apresentaram queda de 1,5% na manhã de 22 de outubro. A votação será realizada separadamente para acionistas das classes A e B, sendo necessária uma maioria simples em cada classe e uma supermaioria de 75% do valor das ações votadas.

Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela