Futuros do Dow sobem com acordo entre EUA e Japão e expectativa de balanços financeiros

Os mercados globais registraram alta significativa nesta quarta-feira, 23, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar um acordo comercial com o Japão. O pacto reduz tarifas de importação de 25% para 15% e estabelece um fundo de US$ 550 bilhões para investimentos. Essa movimentação trouxe otimismo aos investidores, especialmente no setor automotivo.

Os índices futuros de Nova York subiram, com o S&P 500 avançando 0,4%. Na Ásia, o índice Nikkei 225 teve um crescimento de 3,6%, impulsionado pelas montadoras, que lideraram os ganhos. A Toyota, por exemplo, viu suas ações subirem 17%, enquanto a Mazda e a Mitsubishi também tiveram altas expressivas. O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, confirmou a redução das tarifas e a abertura de mercados em setores como arroz e caminhões.

Expectativas de Resultados

Os investidores aguardam os resultados financeiros de grandes empresas de tecnologia, como Tesla e Alphabet, que devem ser divulgados após o fechamento do mercado. A expectativa é que o lucro combinado dessas empresas cresça 14% no segundo trimestre, enquanto o restante das empresas do índice S&P 500 deve apresentar resultados estáveis. O ambiente atual é caracterizado por um apetite por risco, conforme destacado por analistas.

Na Europa, os principais índices também operam em alta, com o Stoxx 600 subindo 1,2%, impulsionado pelo setor automotivo. As ações da Porsche e Volkswagen tiveram aumentos significativos, refletindo o otimismo gerado pelo acordo entre os EUA e o Japão. Além disso, há expectativas de que a União Europeia possa negociar um acordo semelhante com os EUA em breve.

Impactos no Setor de Commodities

Os preços do petróleo se mantêm estáveis após três dias de queda, com o acordo comercial sinalizando um progresso nas tarifas. A pesquisa sobre estoques de petróleo bruto nos EUA indicou uma demanda mais forte, o que pode influenciar os preços. Em contraste, as cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa, impactadas pela fraqueza do mercado imobiliário.

O acordo com o Japão é parte de uma estratégia mais ampla do governo Trump, que busca fortalecer laços comerciais e evitar tarifas mais altas que estavam previstas. Com essa nova dinâmica, os mercados globais parecem estar se recuperando, com a expectativa de que mais países possam firmar acordos com os EUA antes do prazo de 1º de agosto.