Trump critica novamente Powell e pede ações do Fed contra sua 'teimosia'

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou suas críticas ao presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, sugerindo que ele deve ser demitido. Durante um evento na Casa Branca, Trump afirmou que a taxa de juros deveria ser reduzida em três pontos percentuais, atualmente entre 4,25% e 4,5%, e que essa mudança poderia economizar US$ 1 trilhão por ano para o país.

Trump descreveu Powell como "teimoso" e pediu que a diretoria do Fed tomasse uma atitude em relação à sua liderança. Ele previu que Powell deixaria o cargo em até oito meses, embora o mandato do presidente do Fed se estenda até maio de 2026. A pressão sobre Powell aumentou após relatos de que Trump questionou parlamentares sobre a possibilidade de sua demissão, o que gerou preocupações sobre a independência do banco central.

Críticas e Consequências

A expectativa é que o Fed mantenha a taxa de juros na próxima reunião, mas a incerteza gerada pelas declarações de Trump impactou o mercado financeiro. O dólar americano caiu 1,2% em relação a uma cesta de moedas, refletindo a preocupação dos investidores com a estabilidade da política monetária.

Mohamed El-Erian, consultor econômico da Allianz, também se manifestou, afirmando que Powell deveria renunciar para proteger a autonomia do Fed. Ele alertou que as ameaças à independência da instituição aumentariam caso Powell permanecesse no cargo.

Além das críticas à política de juros, o governo de Trump lançou uma nova frente contra o Fed, com o diretor de orçamento do partido republicano, Russell Vought, questionando a gestão de uma reforma de US$ 2,5 bilhões na sede do banco central. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, pediu uma investigação sobre a instituição, embora tenha afirmado que não há pressa para realizar mudanças.