24 de jul 2025
Oficinas de GNV são interditadas no Rio por irregularidades e riscos à segurança
Operação Pressão Máxima fecha quatro oficinas de GNV no Rio de Janeiro por irregularidades e riscos à segurança dos consumidores.

Agentes do Procon e da polícia civil interditam fechando oficina irregular de instalação de GNV (Foto: Divulgação)
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Quatro oficinas de instalação de kits de Gás Natural Veicular (GNV) foram interditadas na quarta-feira, 23, durante a operação Pressão Máxima, promovida pela Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (Sedcon), Procon-RJ e Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD). A ação visou combater a atuação clandestina no setor e prevenir riscos à segurança de motoristas e trabalhadores.
As oficinas, localizadas nas Zonas Norte e Oeste do Rio de Janeiro, apresentaram diversas irregularidades, como documentação vencida e falta de autorização para instalação. Os responsáveis foram levados à delegacia e terão 15 dias para apresentar defesa. Em Rocha Miranda, um dos proprietários admitiu que adquiria kits de GNV de forma clandestina e realizava a instalação sem as devidas autorizações. Outra oficina do mesmo bairro foi fechada por manter um extintor de incêndio vencido desde agosto de 2021, aumentando o risco em um setor que lida com materiais inflamáveis.
Irregularidades Comuns
Em Curicica, uma loja teve suas atividades suspensas por operar com registro vencido desde abril. Já em Vila Valqueire, outra oficina foi interditada por não ter documentação que autorizasse a instalação e manutenção de sistemas de gás veicular. Durante a fiscalização, os agentes também identificaram a ausência do Código de Defesa do Consumidor e divergências entre o nome fantasia e o CNPJ apresentado.
O secretário estadual de Defesa do Consumidor, Gutemberg Fonseca, destacou a importância da operação para coibir práticas que colocam em risco a vida dos consumidores. Ele alertou sobre casos recentes de explosões durante o abastecimento com GNV, enfatizando que a instalação irregular pode causar danos irreparáveis. Fonseca orientou os consumidores a verificarem a autenticidade dos documentos e a desconfiarem de preços muito abaixo da média.
Impactos Econômicos
Além dos riscos à segurança, o secretário ressaltou os prejuízos econômicos gerados pelo mercado clandestino. Dados da Associação dos Organismos de Inspeção Veicular do Rio de Janeiro (ASSINP) indicam que 65% dos veículos que utilizam GNV no estado circulam de forma irregular. Fonseca afirmou que o mercado irregular provoca concorrência desleal, sonegação de impostos e queda na geração de empregos, além de representar um risco à vida.
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