Renda fixa lidera preferências, mas renda variável ainda se mantém nas carteiras
B3 registra aumento de investidores em renda fixa e capta R$ 26,9 bilhões em ações, apesar da queda no valor em custódia da renda variável.

Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes, Educação e Pessoa Física na B3 (Foto: Divulgação)
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Recentemente, a B3 registrou um aumento de 22% no número de investidores em renda fixa e um crescimento nas entradas líquidas de investidores estrangeiros na renda variável, apesar da queda no valor em custódia. Essa mudança reflete a busca por diversificação nas carteiras, mesmo em um cenário de altas taxas de juros.
Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes e Pessoa Física da B3, destacou que, embora a preferência pela renda fixa continue forte, a alocação na renda variável ainda ocorre, embora em menor volume. Ele afirmou que a ideia de que os investidores retiraram totalmente seus recursos da renda variável para a renda fixa está sendo desmistificada. O volume alocado em renda variável diminuiu, mas a diversificação permanece.
Os dados da B3 mostram que o número de investidores em renda fixa subiu para 96,1 milhões, enquanto na renda variável, o número de investidores cresceu 3%, totalizando 5,3 milhões. No entanto, o valor em custódia da renda variável caiu 1%, para R$ 550 milhões. Apesar disso, o primeiro semestre de 2025 trouxe marcos positivos para a renda variável, com entradas líquidas de R$ 26,9 bilhões de investidores estrangeiros no mercado à vista de ações brasileiras.
Expectativas do Mercado
Paiva também mencionou que o Ibovespa atingiu 141 mil pontos no início de julho, embora atualmente esteja em 133 mil pontos. Para atrair mais investidores para a renda variável, a B3 está diversificando seu portfólio de produtos, incluindo lançamentos como futuros de ouro e criptoativos. A demanda pela renda variável existe, embora em menor grau, e a B3 está atenta a essa necessidade.
O mercado já precifica a tendência da Selic, com o DI futuro de janeiro de 2026 indicando uma taxa de 14,94%. Essa expectativa sugere que a preferência pela renda fixa deve continuar, especialmente em um ambiente de juros elevados.
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