25 de jul 2025
Clube-empresa pode garantir a sustentabilidade do futebol brasileiro, afirmam especialistas
Painel na Expert XP 2025 discute como as Sociedades Anônimas do Futebol podem transformar a gestão e a sustentabilidade dos clubes brasileiros.

(Fábio Luis Teixeira/InfoMoney)
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Durante o painel “Desmistificando as SAFs: Os caminhos para a sustentabilidade do futebol”, na Expert XP 2025, em São Paulo, Heloisa Rios, CEO da Universidade do Futebol, e Alex Bourgeois, CEO da Portuguesa SAF, abordaram a necessidade de profissionalização do futebol brasileiro. Ambos destacaram que o setor deve ser encarado como uma indústria para garantir sua sustentabilidade.
Heloisa Rios enfatizou que a transformação do futebol passa pela adoção de modelos empresariais, como as Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs). Atualmente, existem 99 SAFs registradas, com 6 na Série A e 9 na Série B. Esses modelos oferecem governança e gestão profissional, essenciais para a estabilidade dos clubes. Rios afirmou que, ao contrário das associações, onde a política pode comprometer a gestão, as SAFs proporcionam um ambiente mais focado em resultados.
Alex Bourgeois exemplificou a diferença entre os modelos. Na Portuguesa, a associação detém 20% das ações, enquanto um investidor externo controla 80%. Ele relatou que a SAF permitiu a renegociação de uma dívida de R$ 560 milhões e a reforma do estádio Canindé, promovendo uma recuperação significativa do clube. No entanto, a transição para o modelo SAF enfrenta desafios, como a necessidade de alterar o estatuto do clube, o que requer aprovação de conselheiros.
Além disso, a mudança implica em um aumento de impostos, com as SAFs pagando cerca de 5%, alíquota que deve cair para 4,2% em 2027, mas subir para 8,5% em 2033. Apesar disso, o modelo SAF ainda é mais vantajoso em comparação com as sociedades anônimas tradicionais, que enfrentam alíquotas de quase 30%. Rios mencionou que dirigentes do Red Bull Bragantino afirmaram que R$ 50 milhões são deixados na mesa anualmente por não serem SAF.
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