25 de jul 2025
Inflação de alimentos registra nova queda e tarifaço pode intensificar redução
Inflação de alimentos no Brasil recua pela segunda vez, mas inflação de serviços se mantém estável e pressiona a economia.

Inflação de alimentos recua no IPCA-15 (Foto: Guito Moreto)
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A inflação de alimentos no Brasil apresentou uma nova queda, com o IPCA-15 de julho registrando uma redução de 0,06%. Este é o segundo mês consecutivo de recuo, com a alimentação no domicílio caindo 0,40%. A expectativa é que essa tendência continue em agosto, impulsionada por boas safras.
A sobretaxa americana sobre produtos brasileiros pode influenciar a oferta interna, intensificando a deflação. Matheus Dias, pesquisador do FGV Ibre, explica que a impossibilidade de exportar para os Estados Unidos pode levar produtores a redirecionar suas vendas para o mercado interno, aumentando a oferta e, consequentemente, reduzindo os preços.
As boas safras têm contribuído para a queda nos preços, especialmente nas carnes, já que insumos como soja e milho são essenciais para a alimentação do gado. A economista Marcela Kawauti, da Lifetime, destaca que a inflação de alimentos, que chegou a 8,76% em 12 meses até dezembro, agora está em 6,95%. Apesar disso, o IPCA-15 geral acelerou de 0,26% em junho para 0,33% em julho.
Desafios Persistentes
Embora a inflação de alimentos mostre sinais de alívio, a inflação de serviços permanece estável em 5,74% em 12 meses. Kawauti observa que a inflação de julho se manteve dentro da média histórica de 0,3%, mas a alta em tarifas de energia e passagens aéreas, além do transporte por aplicativo, continua a ser uma preocupação.
A economista-chefe da Lifetime ressalta que o mercado de trabalho aquecido e o aumento da renda elevam a demanda, pressionando a inflação de serviços. O cenário atual ainda não indica mudanças nas taxas de juros pelo Banco Central na próxima reunião do Comitê de Política Monetária. A situação requer atenção, pois a inflação de serviços pode impactar a trajetória econômica no curto prazo.
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