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25 de jul 2025

Setor privado investe em saúde e saneamento para reduzir desigualdades sociais

Cerca de 90 milhões de brasileiros ainda carecem de saneamento, com investimentos privados previstos de R$ 178 bilhões até 2033.

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A falta de saneamento básico no Brasil continua a ser um desafio crítico, afetando mais de 90 milhões de pessoas. Dados do Instituto Trata Brasil, apresentados por André Machado durante o ESG Summit 2025, revelam que 30 milhões de brasileiros não têm acesso a água potável em casa. A universalização do saneamento, prevista para 2033, exige uma colaboração mais eficaz entre o Estado e a iniciativa privada.

O marco legal de 2020 estabeleceu metas ambiciosas: 99% da população deve ter acesso à água e 90% ao tratamento de esgoto até 2033. Contudo, a capacidade de investimento público é limitada, o que levou a um aumento na participação de empresas privadas. Desde a implementação da legislação, 1.793 municípios passaram a ser atendidos por essas empresas, um crescimento de mais de 500%. Os contratos firmados preveem investimentos de R$ 178 bilhões.

A desigualdade social é um fator agravante nesse cenário. Mulheres, negros e indígenas são os mais afetados pela falta de saneamento, com famílias cuja renda mensal não ultrapassa R$ 2.400. Em 2023, 344 mil internações foram registradas devido a doenças relacionadas à água contaminada, resultando em um custo estimado de R$ 170 bilhões. O saneamento básico é fundamental para a saúde, educação e produtividade, impactando diretamente a qualidade de vida.

Iniciativas e Desafios

A Afya, responsável pela gestão de 33 faculdades de medicina, busca promover a equidade na saúde. 65% das instituições estão localizadas nas regiões Norte e Nordeste, resultando em uma redução de quase 20% nas internações por doenças crônicas. A empresa também realizou mais de 1 milhão de atendimentos médicos gratuitos em 2023.

Apesar dos avanços nas concessões, 1.734 municípios ainda não possuem um plano de saneamento básico. O investimento per capita é insuficiente, com apenas R$ 124 por habitante por ano, quando o ideal seria R$ 223. Além disso, a regulação é um ponto crítico, exigindo agências reguladoras robustas para garantir a eficácia dos contratos e a responsabilidade social das empresas.

A situação do saneamento básico no Brasil demanda uma ação coordenada entre governo, empresas e sociedade civil para que se possa alcançar a universalização e, assim, reduzir as desigualdades sociais.

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