Tesla pode demitir Elon Musk se ele apresentar comportamento instável

Elon Musk, CEO da Tesla, admitiu que pode ser demitido se suas ações prejudicarem a empresa. Durante a call de resultados do segundo trimestre, ele expressou preocupação sobre sua participação de 13% na companhia, afirmando que não quer descobrir que tem tão pouco controle que pode ser facilmente destituído. A Tesla enfrenta um cenário desafiador, com queda nas vendas globais e dificuldades em manter o crescimento no setor de veículos elétricos.

Os resultados financeiros do segundo trimestre foram decepcionantes, marcando o pior desempenho da empresa em uma década. Após o anúncio, as ações da Tesla caíram quase 9%, refletindo a inquietação dos investidores. Musk, embora confiante, reconheceu sua vulnerabilidade e a pressão crescente sobre sua liderança. Ele mencionou que a questão sobre seu controle pode ser debatida na reunião de acionistas em novembro, o que pode gerar tensões adicionais.

Além dos desafios financeiros, Musk tem se envolvido em questões políticas e outras declarações controversas, o que tem gerado desconforto entre investidores e membros do conselho. Essa situação contribui para uma percepção de liderança fragmentada, afetando a confiança no futuro da Tesla. Apesar do apoio contínuo de alguns investidores, a situação financeira da empresa começa a questionar a viabilidade de sua liderança.

A estrutura de governança da Tesla dificulta uma possível destituição de Musk, já que seria necessário o apoio de dois terços dos acionistas. No entanto, a crescente pressão sobre a gestão e os projetos de longo prazo, como robôs humanoides e serviços de robô-táxi, que ainda não geram resultados financeiros significativos, podem influenciar a decisão dos investidores. Musk reconheceu que a Tesla pode enfrentar "trimestres difíceis", deixando os acionistas em uma posição delicada para decidir o futuro da empresa, que ainda mantém um valor de mercado acima de US$ 1 trilhão.