27 de jul 2025
União Europeia cede a pressões tarifárias de Donald Trump em novo acordo comercial
Acordo comercial entre a União Europeia e os Estados Unidos reduz tarifas para 15%, mas gera preocupações sobre equilíbrio e impacto econômico.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e Donald Trump após reunião em Turnberry, na Escócia (Foto: Evelyn Hockstein/Reuters)
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A União Europeia e os Estados Unidos firmaram um novo acordo comercial que estabelece uma tarifa de 15% sobre a maioria dos produtos da UE, reduzindo a ameaça anterior de 30%. O entendimento foi alcançado no último domingo, 27 de julho, durante uma reunião entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o ex-presidente Donald Trump.
O acordo inclui a compra de US$ 750 bilhões em energia e armamentos dos EUA pela UE, além de um compromisso de investimento de US$ 600 bilhões. Apesar do alívio inicial, especialistas consideram que o acordo é "desbalanceado" e pode deixar a Europa em desvantagem. A economista global da Economist Intelligence Unit, Cailin Birch, destacou que, embora a nova tarifa represente uma melhoria, ainda é uma escalada em relação aos níveis anteriores à administração Trump.
Reações e Análises
Líderes europeus expressaram preocupações sobre os termos do acordo. O chanceler alemão, Friedrich Merz, afirmou que, embora a UE tenha protegido seus interesses, desejava um avanço maior nas negociações. O ministro francês para a Europa, Benjamin Haddad, mencionou que o acordo trará "estabilidade temporária", mas é "desbalanceado" em sua essência.
A nova tarifa de 15%, combinada com a valorização de 13% do euro em relação ao dólar, representa um desafio à competitividade dos produtos europeus. A Bloomberg Economics alerta que, se novas surpresas ocorrerem, a redução do PIB da zona do euro pode chegar a 0,7 ponto percentual. A falta de detalhes sobre o acordo deixa incertezas sobre o futuro das relações comerciais.
Desdobramentos Futuros
O impacto das tarifas pode resultar em um custo de US$ 2 trilhões para a economia global, afetando investimentos. As multinacionais terão que decidir como lidar com as novas tarifas, com algumas optando por absorver os custos e outras buscando novas oportunidades de investimento. O acordo pode ser visto como uma oportunidade perdida para uma maior integração europeia, que poderia reduzir a dependência em relação aos EUA e à China.
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